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Carandiru: 25 PMs são condenados por massacre

Após cinco horas reunidos, os sete homens que integram o júri do Massacre do Carandiru decidiram pela condenação dos 25 policiais militares acusados de matar 52 detentos no segundo andar do presídio. Os agentes deverão ficar detidos, em regime inicialmente fechado, por 624 anos. Entretanto, eles podem recorrer em liberdade.

O júri teve início na última segunda-feira, no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. Inicialmente, os réus eram julgados pela morte de 73 presos. No entanto, a promotoria pediu a retirada de 21 homicídios do processo porque os presos tinham ferimentos por arma branca e não por tiros.

Este foi o segundo julgamento do caso. Em abril deste ano, 23 dos 26 policiais militares acusados pelas mortes de 13 detentos de outro andar do pavilhão 9, em 1992, foram condenados.

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A pena para cada um foi dada com base no mínimo de anos, previsto no Código Penal que é de 12 anos — multiplicado pelo total de mortes. No total, cada um dos condenados terá que cumprir 156 anos de prisão em regime fechado. Eles podem recorrer em liberdade.

Três policiais foram absolvidos pelos crimes no primeiro julgamento, conforme pedido do Ministério Público: Maurício Marchese Rodrigues, Eduardo Espósito e Roberto Alberto da Silva.

Etapas

A ação da polícia em 2 de outubro de 1992 deixou um total de 111 presos mortos.

Ao todo, 79 policiais foram denunciados. Eram 84, mas cinco deles já morreram. O juiz do caso, José Augusto Nardy Marzagão dividiu o julgamento em várias etapas que deverão ser concluídas até o final do ano.

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