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Passe Livre fará protesto contra escândalo do metrô

Protesto organizado pelo Movimento Passe Livre em junho, que ocupou a avenida Paulista | Reprodução de TV
Multidão ocupa a avenida Paulista, em protesto organizado pelo Movimento Passe Livre em junho último | Reprodução de TV

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O MPL (Movimento Passe Livre), grupo que iniciou a onda de protestos em São Paulo exigindo a redução das tarifas de ônibus,  e o Sindicato dos Metroviários agendaram um protesto para o dia 14 cobrando explicações do governo estadual sobre a investigação do MP (Ministério Público) que aponta superfaturamento em contratos do Metrô e da CPTM em São Paulo. O local e o horário ainda estão sendo definidos.

Em depoimento ao MP, um funcionário da Siemens, empresa alemã de transportes, disse que executivos pagaram propina a políticos do PSDB para vencerem licitações. O executivo deu as informações em troca de redução de pena em uma eventual condenação.

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Segundo reportagem da revista “IstoÉ”, o esquema teria funcionado nas administrações Mário Covas (1995-2001), Geraldo Alckmin (2001-2006) e José Serra (2007-2010).  Documentos em poder do Cade (Conselho de Defesa do Direito Econômico) mostram que as empresas Alstom (França), Siemens (Alemanha), CAF (Espanha) e Mitsui (Japão) integrariam um grande esquema de cartel para vencer as concorrências.

De acordo com a revista, o superfaturamento chegaria a R$ 425 milhões, e teria rendido um percentual de 7,5% de propina para políticos tucanos e diretores da CPTM e Metrô.

O MP agora  vai pedir às Justiças suíça e alemã cópias de depoimentos e de documentos bancários com indícios dos supostos pagamentos feitos pelos executivos.

“É uma denúncia grave e queremos saber para onde esse dinheiro foi”, afirma Mateus Preis, um dos coordenadores do MPL.

O presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo, disse que a ideia é mobilizar outras cidades da Grande São Paulo. “Esse desvio de dinheiro mostra que as passagens poderiam ser mais baratas”.

Ontem um protesto contra o governador terminou com 20 presos. Cinco pessoas continuam detidas. Eles foram autuados por dano ao patrimônio, depredação de bancos, uma loja de carros e um carro da PM.

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