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Balança comercial brasileira tem em julho 2º pior déficit da história

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Saldo da balança é o segundo pior desde 1959| Lucas Jackson/Reuters

A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 1,897 bilhão (R$ 4,33 bilhões) em julho – o segundo pior saldo negativo mensal desde 1959 – devido à queda nas exportações de produtos semimanufaturados e importações recordes para o mês impulsionadas pela compra de combustíveis.

O resultado veio pior que o esperado pela mediana dos especialistas, que projetavam saldo positivo de US$ 480 milhões no mês. O número de julho só é melhor do que o déficit registrado em janeiro deste ano, de US$ 4,040 bilhões, segundo a série histórica do Banco Central iniciada em 1959. Em junho, a balança comercial havia registrado superávit de US$ 2,301 bilhões.

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No mês passado, as exportações somaram US$ 20,807 bilhões, queda de 14,4% pela média diária em relação a junho e de 5,2% ante julho de 2012, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgados nesta quinta-feira.

Pesaram na conta a retração das vendas de semimanufaturados, como ferro fundido e óleo de soja em bruto, de 24,5% em relação a julho de 2012 e de 12,4% ante junho deste ano.

Já as importações somaram US$ 22,704 bilhões em julho, alta de 19,7% ante julho de 2012 e de 4,8% sobre junho, influenciadas sobretudo por um forte aumento das compras de combustíveis e lubrificantes, que subiram 67,5% e 85,1% na mesma comparação.

Nos sete primeiros meses do ano, a balança comercial acumula déficit de US$ 4,989 bilhões, ante superávit de US$ 9,927 bilhões no mesmo período do ano passado, num dos piores resultados da história do comércio exterior do país.

No ano até julho, as exportações somam US$ 135,230 bilhões, 1,5% menor pela média diária em relação ao mesmo período de 2012. Já importações atingiram US$ 140,219 bilhões no período, 10 por acima das compras realizadas no mesmo período do ano passado.

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