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SP receberá R$ 8 bi de investimentos em transporte, habilitação e drenagem

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, com a presidente Dilma, durante anúncio dos investimentos | Marcelo Camargo/ABr
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, com a presidente Dilma (ao centro), durante anúncio dos investimentos | Marcelo Camargo/ABr

A presidente Dilma Rousseff anunciou, nesta quarta-feira, um pacote de R$ 8 bilhões de investimentos para a capital paulista pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade. O pacote terá investimento em transporte, drenagem e habitação.

 

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Para a construção de terminais e corredores de ônibus serão destinados R$ 3,1 bilhões. Segundo a presidente, serão construídos mais 99 quilômetros. Atualmente, São Paulo possui 126 quilômetros.

 

A drenagem, para diminuir a ocorrência de enchentes, receberá investimentos de R$ 1,4 bilhões. Algumas áreas da cidade que serão atendidas são o Ipiranga e o Vale do Anhangabaú. Outras serão os córregos Morro do S, Paciência, Tremembé, parque linear Ribeirão-Perus, e Uberaba – Paraguai. Ainda na questão da drenagem, haverá R$ 254 milhões para o programa «Minha Casa, Minha Vida».

 

Também haverá pacote de R$ 2,2 bilhões para a recuperação de mananciais, o que atinge as represas Billings e Guarapiranga. Esse ponto motivará uma outra parte dos investimentos. Cerca de R$ 1,1 bilhão serão destinados para a construção de 15 mil residências populares. Elas devem atender as famílias que viviam em áreas próximas a mananciais.

 

Em seu discurso após o anúncio, a presidente argumentou que São Paulo é uma megacidade. “Talvez, junto com as redes sociais, um dos fenômenos mais importantes que vai caracterizar o século 21 é o surgimento das megacidades e São Paulo é uma megacidade”. Por isso, a capital paulista seria um desafio, segundo Dilma. “Na história humana, nunca tivemos uma concentração populacional em um espaço de uma cidade média, porém densamente povoada”.

 

Dilma lembrou que, dos R$ 99 bilhões do primeiro PAC, São Paulo ficou com 30%. Agora, a capital paulista foi a primeira cidade a receber parte dos R$ 50 bilhões do PAC Mobilidade, 16% do total. “São Paulo é recortada por desigualdade, por isso o desafio que ela impõe. Aqui está concentrado o maior desafio”, afirmou a presidente.

 

Também presente no evento, o ministro dos Transportes, Agnaldo Ribeiro, disse que “mobilidade urbana é devolver tempo para as pessoas”. “[Para] que elas possam ter tempo para estar com sua família, para estudar, viver um pouco mais”.

 

O prefeito Fernando Haddad apontou que o programa talvez seja o maior já anunciado para a capital paulista. “Um pacote amplo, que dialoga com todos os bairros de São Paulo”. Haddad também observou a importância da cidade para o Brasil. “Se quisermos retomar taxas de crescimento, São Paulo tem que dar sua cota de contribuição e receber sua cota de participação nos investimentos estaduais e federais”.

 

Segundo o prefeito, algumas das obras previstas poderão começar dentro de alguns dias.

 

IDH

A presidente Dilma Rousseff aproveitou a ocasião para comentar os dados do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), divulgado na segunda-feira. “O Brasil impressiona pelo enfrentamento à desigualdade”. Ela diz isso, pois, em 1991, menos de 1% dos municípios era considerado alto ou médio. Em 2010, 74% estavam no patamar. “Mostra tendência de crescimento constante”.

 

Dilma relatou progresso na melhoria do conhecimento, na expectativa e no padrão de vida. “Mas o mais intenso foi na educação. 65% da contribuição [do IDH] foi a educação”.

 

Para a presidente, os investimentos de mobilidade urbana, anunciados hoje, devem ser o desafio a ser incorporado para o próximo IDH. “Assim como fomos capazes de melhorar tudo isso ao longo desse processo, também somos capazes de garantir a devolução do tempo para essas pessoas”.

 

 

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