Uma adutora da Cedae (Companhia Estadual de Abastecimento e Esgoto) se rompeu no início da manhã de ontem, deixando três quarteirões do bairro de Campo Grande, no Rio de Janeiro, com um cenário de destruição. Uma criança de três anos morreu e mais 16 pessoas ficaram feridas.
O jato de água chegou a 20 m, atingindo 200 casas e destruindo 20. O nível dentro das casas chegou a 2 m. A Cedae não sabe o que ocasionou o vazamento da adutora de 1,75 m de diâmetro. Segundo a companhia, apenas 17 famílias desabrigadas vão para um hotel da região. Outras 86 famílias não aceitaram ajuda e foram para casas de parentes. Todos terão alimentos e medicamentos fornecidos pela empresa e pelo Governo do Estado.
“Aquelas que estão sem residências estarão hoje [ontem] hospedadas por conta da Cedae. Aquelas que perderam utensílios, e que, de alguma forma, tenham condições de retornar para casa, terão utensílios e eletrodomésticos pagos pela Cedae”, garantiu o governador Sérgio Cabral, que visitou a área atingida ao lado do prefeito Eduardo Paes. Na saída, eles foram hostilizados pelos moradores.
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A Polícia Civil abriu dois inquéritos: a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados ficará responsável por apurar causas do vazamento, enquanto a 35ª DP (Campo Grande) vai investigar o caso da morte e dos feridos. A Polícia Civil tem duas hipóteses para o rompimento: uma obra feita em uma indústria vizinha ou um reparo mal feito pela própria Cedae.
De acordo com o governador, peritos externos vão investigar a causa do acidente e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social vai auxiliar no cadastramento dos desalojados. Já a Cedae negou que a adutora havia sofrido intervenção recentemente.
A Defensoria Pública entrou em contato com a Cedae para iniciar negociações que garantam a indenização das vítimas. A ideia é chegar a um acordo extrajudicial que garanta o ressarcimento justo e rápido para os atingidos.