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Operador do trem espanhol recebe liberdade provisória após três dias

Francisco Garzón teve o passaporte retido e se comprometeu a comparecer ao tribunal semanalmente

Funcionários trabalham no trem destruído, em Santiago | MIGUEL VIDAL/reuters
Funcionários trabalham no trem destruído, em Santiago | MIGUEL VIDAL/reuters

Francisco José Garzón, o operador do trem de alta velocidade que descarrilou nas proximidades de Santiago de Compostela, na Espanha, na semana passada, recebeu liberdade provisória. Ele esteve em um tribunal local para prestar depoimento.

Garzón, que entrou em uma curva a 190 km/hora, ficou sob custódia da polícia por três dias, devido à suspeita de “homicídio por imprudência”. Ele teve seu passaporte retido e terá de se apresentar semanalmente ao juiz, enquanto durarem as investigações.

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O magistrado que comanda o caso, Luis Alaez, terá acesso às informações da caixa preta do trem, semelhante às que existem em aviões. A ideia é determinar se o operador deixou de acionar os freios ou se houve uma falha técnica.

O maquinista, que tinha 30 anos de experiência com trens, passou as últimas 72 horas sem dar declarações à polícia. Pouco depois do acidente, na quinta-feira, ele teria dito aos agentes que não conseguiu reduzir a velocidade. “Ele nos disse que queria morrer”, contou à rede de TV Antena 3 Evaristo Iglesias, morador das redondezas que chegou loco após o desastre. “Ele nos disse que tentou frear, sem sucesso. Estava indo muito rápido.” A velocidade máxima para aquele trecho da via deveria ser de 80 km/hora.

Violência

Garzón teve ferimentos leves e ficou internado até sábado. O trem levava 218 passageiros em oito carros. Na hora do descarrilamento, os vagões se chocaram contra um muro de concreto e se empilharam uns nos outros. Foi o mais grave acidente ferroviário na Espanha desde 1944.

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