Estilo de Vida

USP investiga o DNA da vitalidade em idosos brasileiros com mais de 100 anos

Cientistas estudam segredos genéticos e estilo de vida que sustentam boa saúde

José Bernardo da Silva faz 106 anos em junho - Foto: Domingos Peixoto
José Bernardo da Silva faz 106 anos em junho - Foto: Domingos Peixoto

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Um grupo de brasileiros com mais de 100 anos está desafiando as estatísticas e revelando os segredos para uma vida longa e saudável. Davino Cordeiro Leodoro, Deolira Glicéria Pedro da Silva e Nora Rónai, junto com Laura de Oliveira e José Bernardo da Silva, são exemplos vivos de que a idade é apenas um número.

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Eles fazem parte de um estudo pioneiro conduzido pelo Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco da Universidade de São Paulo (USP), apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que visa entender os fatores genéticos por trás da longevidade saudável.

Esses centenários não só compartilham um estilo de vida ativo mas também uma resiliência extraordinária, tendo doado material genético para desvendar os mistérios da saúde prolongada.

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O estudo, que agora inclui mais de 40 centenários de diversas regiões do Brasil, busca identificar padrões comuns que podem explicar como esses indivíduos mantêm sua vitalidade.

Nora Rónai - Foto: Hermes de Paula
Nora Rónai - Foto: Hermes de Paula

Davino, por exemplo, com 113 anos, nunca foi de ficar parado. Mesmo após décadas de trabalho físico intenso, hoje ele ainda se mantém ativo, passando seus dias na varanda de sua casa em Campos dos Goytacazes (RJ), cercado por uma grande família.

José Bernardo, aos 105 anos, ainda trabalha diariamente em um supermercado em Pouso Alegre (MG), mostrando que a idade não é barreira para manter uma rotina produtiva.

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Por outro lado, Deolira, que agora pode ser a mulher mais idosa do mundo aos 119 anos, atribui sua longevidade a um estilo de vida sem excessos, enquanto Nora Rónai, que começou a competir em natação quase aos 70 anos, acredita que sua atividade física foi chave para sua saúde duradoura. Laura de Oliveira, celebrando 105 anos, credita sua longevidade à genética excepcionalmente boa de sua família.

O estudo da USP, que começou focando na possível resistência desses idosos à COVID-19, expandiu-se para analisar mais profundamente o DNA dos participantes, investigando características genéticas que favorecem um envelhecimento saudável e livre de doenças comuns à velhice.

Os pesquisadores já observaram que, além dos fatores genéticos, elementos como dieta, atividade física, e até o ambiente social e emocional, desempenham papéis cruciais no processo de envelhecimento.

Fonte: O Globo

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