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Pesquisa explica o motivo pelo qual a propagação de covid-19 pode ter reduzido em SP

A cidade de São Paulo começou em junho uma fase de relaxamento das medidas de quarentena. A situação gerou diversas dúvidas e uma delas é sobre o possível aumento de casos de covid-19. Contudo, segundo dados da prefeitura, houve uma redução no número de casos, mortes e ocupação dos leitos.

Para entender a situação, o Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (IMTSP) e da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) desenvolveram uma pesquisa que simula a disseminação do vírus por meio dos números oficiais de distanciamento social.

A partir disso, a pesquisa, que ainda está sujeira a verificação, conclui que a disseminação do vírus pode ter reduzido por meio de bolhas de proteção local, ou seja, pessoas infectadas podem estar rodeadas de pessoas imunes e isso faz com que esgote a rede de contágio.

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«A curva epidêmica média após 238 dias de simulação, contados desde o primeiro caso da doença, registrado em 25 de fevereiro, mostra uma taxa de 12,71% de infectados e 0,12% de mortes, ou seja, 0,9% de letalidade”, afirma Gerusa Maria Figueiredo, pesquisadora do IMTSP, que participou do trabalho.

“A simulação mostra a curva de transmissão diminuindo, mesmo com uma redução drástica do isolamento social, com um aumento leve e temporário a partir do 150º dia.”

Mesmo diante da conclusão, os pesquisadores acreditam que o resultado parece contraditório, pois há baixa taxa de imunidade.

“Por isso foi levantada a hipótese do surgimento de bolhas locais de proteção na cidade. As bolhas seriam locais onde existem pessoas infectadas, mas rodeadas de pessoas já imunes, quer seja pela doença sintomática ou assintomática, e estas protegendo os suscetíveis dessa mesma região”, explica.

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