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Prontos-socorros infantis têm inverno com menos movimento durante pandemia

Nesta estação do ano, procura por atendimento infantil costuma aumentar por problemas respiratórios, o que não está acontecendo em 2020

É comum que o clima mais frio e seco do inverno em muitas localidades do Brasil provoque o aumento de casos de doenças respiratórias em crianças, consequentemente aumentando o movimento de prontos-socorros infantis durante esta época do ano. No entanto, em 2020, com a pandemia do novo coronavírus, não é isso que está acontecendo. Os prontos-socorros infantis, na verdade, estão relatando uma queda no movimento. 

Na capital paulista, por exemplo, levantamento do jornal O Estado de S. Paulo mostra que vários hospitais registraram uma queda na procura por atendimento infantil. No Hospital Municipal Menino Jesus, da Prefeitura de São Paulo, o movimento do PS infantil caiu no período de março a junho deste ano em relação ao mesmo período de 2019. O Hospital Sírio-Libanês registrou queda de até 25% do movimento do PS em relação aos meses do verão. Já o Hospital São Camilo, que esperava um aumento de 20% no atendimento a crianças com a chegada do inverno, realizou levantamento que apontou queda de 80% em relação à média da mesma época do ano anterior. 

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O Estadão conversou com especialistas, que apontaram duas possíveis explicações para essa situação. Para o pediatra e infectologista Marco Aurélio Safadi, presidente de Imunizações da Sociedade de Pediatria de São Paulo, ficar em casa e reforçar hábitos de higiene por causa da pandemia pode estar protegendo as crianças de outras doenças além da Covid-19. 

Para Linus Pauling Fascina, gerente médico do departamento materno-infantil do Hospital Albert Einstein, é cedo para conclusões, já que a pandemia e suas consequências ainda serão muito estudadas, mas, no momento, o fechamento das fronteiras dos países pode ser apontado como um fator para a diminuição da circulação de vírus e bactérias e a redução na procura por atendimento infantil. 

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O pediatra Fernando Oliveira, do Hospital Menino Jesus, comentou ao Estadão sobre a redução do movimento nos postos infantis, ressaltando que é muito importante que os pais não ignorem sintomas apresentados pelas crianças, pois há sinais que demandam um atendimento médico. Ele alerta que, em casos de necessidade, os pais devem sim levar as crianças para ter atendimento médico, como quando elas têm falta de ar e febre alta, por exemplo. 

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