Há anos pais e educadores discutem se videogames violentos alteram o comportamento das crianças e dos adolescentes, tornando-os mais agressivos. Mas, afinal, isso realmente acontece? Segundo um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Massey (Nova Zelândia), da Universidade da Tasmânia (Tasmânia) e da Universidade de Stetson (Estados Unidos), a resposta é não.
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Os pesquisadores realizaram uma meta-análise de 28 estudos feitos com 21 mil crianças e adolescentes, que avaliaram o impacto dos videogames violentos a curto e a longo prazo. Uma meta-análise integra resultados de vários estudos sobre uma mesma questão de pesquisa. A meta-análise mostrou que não há uma relação entre os videogames violentos e uma maior agressividade de crianças e adolescentes. O estudo foi publicado na última quarta-feira (22) na revista científica Royal Society Open Science.
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“No geral, os estudos não parecem apontar relações reais de longo prazo entre conteúdos de violência dos jogos e a agressividade durante a juventude. As correlações entre conteúdos violentos dos jogos e a agressividade parecem melhor explicadas por fraquezas metodológicas e por efeitos da expectativa dos pesquisadores [em relação à pesquisa] do que por efeitos verdadeiros do mundo real”, afirmam os pesquisadores. Uma dessas “fraquezas metodológicas” seria o fato de que os estudos desconsideram fatores que cientistas já sabem que podem influenciar na probabilidade de um indivíduo cometer atos de violência – como o gênero, por exemplo.
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A conclusão a que os pesquisadores chegaram através da meta-análise, no entanto, não significa que todas as crianças podem jogar qualquer videogame. Os videogames têm a classificação etária, que indica se há conteúdos impróprios no jogo para menores de determinada idade. Os pais devem ficar atentos ao que os filhos têm acesso e sempre conversar com os pequenos.
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