Estilo de Vida

A convivência e o respeito à diversidade de pessoas na escola é fundamental

Documento normativo, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), destaca a necessidade de a escola contribuir para aplacar toda discriminação e preconceito e dialogar com a multiculturalidade

Lidar com a diversidade na escola é um desafio para gestores e educadores. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento normativo que visa orientar a elaboração dos novos currículos escolares, destaca a necessidade de a escola contribuir para aplacar toda discriminação e preconceito e dialogar com a multiculturalidade. «A convivência e respeito à diversidade de pessoas na escola deve ser uma dimensão fundamental de uma instituição acolhedora», diz a pedagoga e escritora Priscila Boy. Ela ressalta que a escola, por ser um espaço público e democrático, precisa acolher as diferenças. «É certo que vamos receber, no espaço escolar uma diversidade enorme de pessoas», relata Priscila.

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Ela recorda várias situações – verdadeiras – em que a diversidade de pessoas não foi considerada na prática escolar. Como quando um professor de educação física programou uma atividade com bolas coloridas, para trabalhar as cores e contas de somar, atribuindo valor a cada bola. Mas ele não se atentou para o fato de que tinha uma aluna nova que era cega. Como ela identificaria as cores das bolas e faria as somas a partir delas? Em outra situação, uma professora pediu aos alunos para colorirem um desenho com lápis cor da pele e um aluno negro disse que não estava encontrando a cor da sua pele na caixa de lápis de cor. São situações aparentemente simples mas que revelam muito da falta de cuidado, desconhecimento e despreparo para lidar com pessoas de perfis diversos.

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«Historicamente, as escolas foram pensadas e desenhadas para um pequeno grupo de privilegiados social, econômica, política e culturalmente», diz Priscila. Ela reforça que a defesa dos direitos humanos transpassa qualquer posicionamento político ou ideológico. «Por isso, são fundamentais, o diálogo e o entendimento em torno da nova BNCC, com o resgate de valores essenciais para a educação, como o integral respeito aos direitos humanos no processo de formação de nossa crianças e juventudes. O diferente nos coloca diante do novo e saber como agir é nosso grande desafio. O mundo é feito de pluralidades», conclui a pedagoga.

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