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Doença infantil que pode estar relacionada ao coronavírus tem casos em vários países

Pesquisadores estudam a doença infantil, que é potencialmente fatal, e sua relação com o novo coronavírus

A doença infantil que os pesquisadores acreditam ter alguma relação com a infecção pelo novo coronavírus tem centenas de casos na Europa e na América do Norte (principalmente nos Estados Unidos). Aproximadamente 230 casos suspeitos foram reportados no continente europeu, incluindo duas mortes, de uma criança de 9 anos na França e de um adolescente de 14 anos no Reino Unido. Nos Estados Unidos, mais de cem casos são investigados somente em Nova York, além de três mortes: duas crianças, de 5 e 7 anos de idade, e um jovem de 18 anos. Há casos suspeitos em pelo menos 19 estados, além da capital federal, Washington.

O NHS, Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra, alertou sobre os casos da doença infantil no país já no fim de abril. O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) classifica a doença como «síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica temporariamente associada a uma infecção pelo Sars-CoV-2 [novo coronavírus]». A associação entre a síndrome e o coronavírus “ainda não foi estabelecida, apesar de ser plausível”, afirma o órgão.

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A doença infantil é considerada rara. O ECDC considera o risco de as crianças desenvolverem a síndrome infantil baixo, assim como o risco de elas desenvolverem a própria Covid-19.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a «hipótese inicial é que a síndrome pode estar relacionada à Covid-19 [doença causada pelo novo coronavírus]», mas «ainda não está claro todo o espectro da doença e se a distribuição geográfica na Europa e na América do Norte reflete um padrão verdadeiro ou se a condição simplesmente não foi reconhecida nos outros lugares».

A OMS também tem uma definição preliminar da síndrome: ela tem atingido crianças e adolescentes de zero a 19 anos, com febre que dura três dias ou mais. Os pacientes também tiveram pelo menos dois dos seguintes sintomas: erupção cutânea ou sinais de inflamação ao redor da boca, mãos ou pés; choque ou pressão arterial baixa; sinais de problemas cardíacos; sinais de distúrbio hemorrágico; problemas gastrointestinais agudos. Além disso, não tinham nenhuma outra causa de inflamação e testaram positivo para Covid-19 ou tinham tido provável contato com pacientes de Covid-19.

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De acordo com relatos de médicos, a doença infantil parece ser uma mistura de Síndrome do Choque Tóxico, que é uma complicação rara de infecções, e da Síndrome de Kawasaki, que causa inflamação das paredes de vasos sanguíneos. Além dos já citados acima, outros sintomas observados foram inchaço nas glândulas, problemas nos rins, dores abdominais, conjuntivite e língua avermelhada e inchada.

Segundo o pediatra Sunil Sood, do centro médico infantil Cohen, em Nova York, os sintomas da síndrome parecem surgir entre quatro e seis semanas depois de a criança ter sido infectada pelo coronavírus, quando já desenvolveu anticorpos. A informação é do jornal O Globo. «Tinham o vírus, seu corpo o combateu. Mas agora têm essa resposta imunológica tardia e excessiva», diz ele. Não foram registrados casos da doença infantil na Ásia, nem mesmo na China, onde o novo coronavírus surgiu. Sood diz que alguns pesquisadores acreditam que isso ocorreu por razões genéticas.

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