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Telemedicina para crianças: saiba quais hospitais oferecem o serviço

Consultas por videochamada evitam idas desnecessárias ao médico e são úteis aos pais para orientações e consultas de rotina

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Há pouco menos de um mês, hospitais e clínicas passaram a oferecer a telemedicina – consultas médicas realizadas por videochamadas. O serviço foi autorizado pelo Conselho Federal de Medicina e pelo Ministério da Saúde e ainda reforçado pela  lei 13.989, de 15 de abril, em caráter emergencial, enquanto durar a pandemia do novo coronavírus. Desde então, alguns hospitais e clínicas passaram a oferecer o serviço, que evita idas desnecessárias ao pronto-socorro ou ao consultório, inclusive, de suspeitos e confirmados da covid-19. Mas as regras para o atendimento variam: há quem só ofereça telemedicina para crianças que já são pacientes do local e há quem aceite clientes novos.

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Os setores de pediatria do Hospital Sírio Libanês e do Hospital são Camilo permitem a telemedicina apenas para retornos e entrega de exames de crianças atendidas anteriormente. Já o Kids Leforte e o Hospital Infantil Sabará realizam consultas por videochamada também de pacientes novos.

Segundo Hassan Ahmed Yassine Neto, gerente médico das clinicas do Grupo Leforte, o serviço pode ser usado para orientar os pais sobre algum sintoma que os filhos apresentam, e também em consultas de rotina, para acompanhar o desenvolvimento dos pequenos. A telemedicina também é bastante útil para a troca de receita de pessoas que usam medicamentos contínuos. Exames físicos, porém, só podem ser feitos presencialmente.

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Durante atendimento por telemedicina, o pediatra observa o ânimo da criança, seus gestos e expressões

Yassine Neto explica que na consulta por videochamada, o médico acessa o prontuário da criança no sistema de dados da clínica, analisa todo o seu histórico, caso ela seja paciente antiga, e conversa com os pais ou responsável para saber o motivo do contato. “Na hora do atendimento, a gente observa a criança, seus gestos e expressão para ver se ela está animada ou mesmo prostrada. Essas informações visuais são muito importantes para a nossa avaliação”, relata o médico. A partir daí, o pediatra pode encaminhar a criança a um pronto-socorro, a uma clínica de exames ou sugerir que os pais aguardem em casa a evolução dos sintomas. No caso de exames e receitas, eles são enviados por e-mail, com assinatura eletrônica do profissional de saúde. A consulta no Kids Leforte funciona por meio dos convênios médicos aceitos pela clínica e a marcação pode ser feita via aplicativo, no site da clínica ou por telefone.

No Hospital Infantil Sabará, a consulta por videochamada é destinada a urgências e para especialidades, encaminhando para o atendimento presencial somente casos extremamente necessários. O agendamento é feito pelo site e após o pagamento da consulta, que custa R$ 280, segundo informação do setor de marcação de consultas a família recebe contato do hospital para agendamento do serviço. Segundo o hospital, alguns convênios também cobrem esse atendimento.

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Recomendações para a oferta da telemedicina

Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) publicou recentemente recomendações para o atendimento dos pacientes por meio da consulta por videochamadas. No documento, a entidade destaca que a telemedicina deve ser feita de forma excepcional, como meio de evitar o trânsito de pessoas e de oferecer assistência a pacientes em situação de isolamento social, conforme preconizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pelo Ministério da Saúde. Segundo o CFM a telemedicina deve ser realizada nos seguintes termos:

  1. Teleorientação: para que profissionais da medicina realizem à distância a orientação e o encaminhamento de pacientes em isolamento;
  2. Telemonitoramento: ato realizado sob orientação e supervisão médica para monitoramento ou vigência à distância de parâmetros de saúde e/ou doença.
  3. Teleinterconsulta: exclusivamente para troca de informações e opiniões entre médicos, para auxílio diagnóstico ou terapêutico.

 

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