Estilo de Vida

Estresse térmico: exposição ao calor intenso sem hidratação adequada pode resultar em colapso

Sabe aqueles dias de sol batendo tão forte que parece até que a gente está num forno e vai desmaiar? Pois, em alguns casos, não se trata de figura de linguagem e pode mesmo acontecer. “Quando a temperatura produzida pelo esforço físico ou recebida por meio de fonte de calor externa é mais alta do que aquela dissipada pelo organismo, temos um quadro de estresse térmico, com prejuízo das funções”, explica a Dra. Claudia Lucia Barros de Castro, presidente do Departamento de Ergometria, Reabilitação cardíaca e Cardiologia do exercício da Socerj (Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro). Para que o problema seja evitado, o nosso corpo, por meio dos receptores térmicos e do hipotálamo, tenta fazer alguns ajustes – a chamada termorregulação.

Nem sempre isso é possível, como na situação de pessoas que se expõem a fortes temperaturas em ambientes sem ventilação e hidratação e que se exercitam ou realizam trabalho físico em condições de equivalente quentura. “De modo a conter a evolução para o colapso”, adverte a médica, “é preciso hidratação, protetor solar e vestimenta adequada – tecidos leves de cor clara, que permitam a evaporação do suor”, ensina. O colapso pode ocorrer gradualmente ou de uma hora para outra, exemplifica: “Durante corridas de rua, um indivíduo pode estar ótimo no início e entrar em colapso minutos após. Por isso, é necessário resfriar o corpo, condicionando o ar ambiente ou molhando-se com água fria.”

Evolução dos sintomas

  1. Níveis
    O estresse térmico apresenta diferentes intensidades, começando com um quadro leve e a possibilidade de evoluir para a desidratação, câimbras e situações de gravidade, como o colapso repentino.
  2. Temperatura
    Um dos principais mecanismos de regulação do aumento da temperatura é a evaporação. No processo, perdemos água e eletrólitos. Se esta perda não for corrigida, ocorre a desidratação. Boca seca, prostração, sonolência e urina concentrada podem ser os indicativos.
  3. Exaustão
    Com a desidratação, a evaporação é prejudicada e o estresse térmico se agrava. Outros sintomas podem surgir, como fadiga intensa, fraqueza muscular, náuseas e vômitos, hipotensão arterial, câimbras e miofasciculações e incoordenação motora.
  4. Colapso
    Caso alterações neurológicas se associem à hipertemia, temos o colapso pelo calor, com desorientação, convulsões, coma, choque e até a parada cardiorrespiratória. Pode acontecer em situações de exercício intenso em ambientes muito quentes.

Efeitos da vasodilatação

  1. Erispela
      O que é: Infecção que surge na pele, causada geralmente pela bactéria Streptococcus. Basta ter uma ferida – provocada por picada de inseto, frieiras, micoses de unha, entre outras – para que a bactéria penetre. Os sintomas são febre alta, calafrios, mal-estar, náuseas e vômitos. A área lesionada pode ficar dolorida, apresentar vermelhidão, inchaço e formação de feridas. Qualquer pessoa pode ter erispela, pois a bactéria pode estar na própria pele. O médico explica que o calor paralisa a ação dos vasos linfáticos, propiciando a infecção. Como cuidar: Lave a região, não coce e procure um médico para tratamento imediato.
  2. O que é: Infecção que surge na pele, causada geralmente pela bactéria Streptococcus. Basta ter uma ferida – provocada por picada de inseto, frieiras, micoses de unha, entre outras – para que a bactéria penetre. Os sintomas são febre alta, calafrios, mal-estar, náuseas e vômitos. A área lesionada pode ficar dolorida, apresentar vermelhidão, inchaço e formação de feridas. Qualquer pessoa pode ter erispela, pois a bactéria pode estar na própria pele. O médico explica que o calor paralisa a ação dos vasos linfáticos, propiciando a infecção.
  3. Como cuidar: Lave a região, não coce e procure um médico para tratamento imediato.
  4. Pé diabético
      O que é: Quem tem diabetes, com o passar dos anos, pode desenvolver a chamada neuropatia periférica, caracterizada pela redução da sensibilidade nos pés. Ao pisar em superfícies quentes, como a areia da praia, a pessoa pode se queimar sem perceber. Como cuidar: Usar chinelo na hora de ir à praia e avaliar os pés diariamente à procura de ferimentos.
  5. O que é: Quem tem diabetes, com o passar dos anos, pode desenvolver a chamada neuropatia periférica, caracterizada pela redução da sensibilidade nos pés. Ao pisar em superfícies quentes, como a areia da praia, a pessoa pode se queimar sem perceber.
  6. Como cuidar: Usar chinelo na hora de ir à praia e avaliar os pés diariamente à procura de ferimentos.
  7. Sangramento de varizes
      O que é: No calor, as varizes incomodam ainda mais. Caso as varizes sejam do tipo calibrosas, a vasodilatação pode causar uma rotura espontânea da veia e levar a sangramento. Como cuidar: Eleve as pernas e peça para alguém fazer uma compressão com pano limpo no local por 10 minutos. Enfaixe e busque auxílio médico.
  8. O que é: No calor, as varizes incomodam ainda mais. Caso as varizes sejam do tipo calibrosas, a vasodilatação pode causar uma rotura espontânea da veia e levar a sangramento.
  9. Como cuidar: Eleve as pernas e peça para alguém fazer uma compressão com pano limpo no local por 10 minutos. Enfaixe e busque auxílio médico.

Inchaço preocupa

Para atenuar o inchaço, problema comum nos dias quentes devido à vasodilatação, o angiologista e vice-presidente da SBACV, Dr. Bruno Naves, instrui: “Deite-se e coloque os pés acima do coração por 20 a 30 minutos uma vez pela manhã e outra no fim da tarde. Na segunda vez, faça uma massagem com hidratante no sentido dos tornozelos até os joelhos. Esse movimento aliviará a sensação de peso nas pernas e o inchaço”. Listamos aqui alguns dos principais problemas vasculares causados pela exposição ao calor intenso.

Hidratação é coisa séria

  1. 1. Uma pessoa adulta precisa consumir de dois a três litros de água por dia. Sucos e chás podem ser considerados. No verão, essa quantidade pode ser maior, levando-se em conta a ingestão de pelo menos três litros diários.
  2. 2. Durante práticas físicas sob alta temperatura ambiente, a reposição pode ser hidroeletrolítica e de acordo com a intensidade e duração do exercício.
  3. 3. Não espere sentir sede – quando ela vem, é porque já estamos com as nossas reservas hídricas reduzidas.
  4. 4. Quem tem problemas renais ou cardíacos pode apresentar restrições em relação ao volume de ingestão de líquido. Nesse caso, é melhor consultar um médico.
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