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‘Chiclete’ milenar desvenda informações sobre DNA humano

Ilustração de Tom Björklund

Através da análise de um «chiclete» de mais de 5 mil anos, cientistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, conseguiram revelar a aparência de uma menina que viveu na Escandinávia naquela época.

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A milenar «goma de mascar» foi encontrada na região de Syltholm, no sul da Dinamarca. Os pesquisadores analisaram o DNA que estava preso no pedaço marrom-escuro de «chiclete» e conseguiram identificar quem o havia mascado.

A menina, que foi chamada de Lola, tinha cabelo castanho escuro, olhos azuis e pele escura. A análise apontou que a garota pré-histórica também devia gostar de comer avelã e pato. Os cientistas ainda identificaram que ela provavelmente apresentava quadro de febre glandular.

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«Pela primeira vez, um genoma humano antigo e completo foi recuperado de algo que não ossos ou dentes. Essa fonte muito preciosa de DNA antigo, particularmente de períodos em que os restos humanos são escassos, não passa de uma pasta enegrecida, obtida da casca de bétula aquecida, mais comum do que pensamos porque se conserva bem», disse Hannes Schroeder, coautor do estudo, publicado nesta terça-feira (17) na revista «Nature Communications».

Os pesquisadores não sabem a razão de Lola ter mascado o caule de bétula. Mas eles acreditam que a «goma» foi possivelmente mastigada para aliviar dores de dente ou até mesmo como um passatempo. Na época, a substância era normalmente usada para colar cabos de madeira em ferramentas de pedra.

«Isso pode nos ajudar a entender como os patógenos evoluíram e se espalharam ao longo do tempo, e o que os torna particularmente virulentos em um determinado ambiente», concluiu Schroeder.

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