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Vinícola no Paraná tem o melhor Cabernet Sauvignon do país

Uma vinícola de Colombo que se dedicava apenas à produção de vinhos coloniais foi premiada no mês passado por apresentar o melhor Cabernet Sauvignon durante a 8a edição da Grande Prova Vinhos do Brasil. O vencedor “Censurato” foi produzido pela Vinícola Franco Italiano, de Roça Grande, que passou a investir em vinhos finos há quase 20 anos.

Foi no ano 2000 que os irmãos Fernando e Juliano Rausis, proprietários da vinícola, começaram a investir em vinhos mais elaborados. “Contratamos enólogos e engenheiros agrônomos para desenvolver os microclimas ideais para cultivar determinados tipos de uva”, diz Fernando. “Depois, em 2007, fui estudar na França. Trouxe novos conhecimentos e, a partir disso, passamos a desenvolver nosso estilo de vinho”.

Segundo Fernando, apesar de haver mais diversidade desde que deixaram de produzir apenas os coloniais, o volume de produção não teve aumento, uma vez que para fazer vinhos finos é preciso produzir pouco. Assim, a produção anual da vinícola varia, hoje, de 60 a 70 mil litros, incluindo os 18 rótulos de vinhos finos e de mesa.

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O negócio teve origem com a união das famílias Rausis, vinda da França, e Ceccon, que habitava a área rural de Colombo, região com uma grande colônia italiana. Ambas famílias possuíam a expertise da produção de vinhos e passaram o ofício até a quarta geração – a de Fernando e Juliano.

Hoje, os irmãos contam com a fidelidade de clientes que sempre consumiram os seus tradicionais vinhos de mesa e também conquistam um novo nicho a partir da elaboração dos novos vinhos finos. Abriram um restaurante de culinária francesa e italiana, situado ao lado da vinícola, passaram a oferecer passeios voltados ao enoturismo e fazer minicursos para clientes nas cavas subterrâneas. Todo esse espaço recebe, a cada fim de semana, cerca de 500 visitantes.

“Nosso consumidor sempre tem o anseio de novidade, e isso nos desafia”, diz Fernando. Porém, para surpreendê-los com a elaboração de novos rótulos, é preciso fazer um longo planejamento, já que o processo de produção pode levar de 6 a 30 meses.

“Os vinhos que fazemos hoje só serão vendidos em 2024”, afirma. “Então, temos que ter a ideia agora para, daqui cinco anos, inovar aos olhos do consumidor”.

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