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O que são superbactérias?

Especialistas da área de saúde do mundo inteiro estão alarmados com as ocorrências cada vez mais comuns de superbactérias em hospitais. Em muitos casos, elas se tornam tão resistentes que os médicos não conseguem encontrar um tratamento eficaz e o paciente acaba morrendo.

Como surgem?

Superbactérias são bactérias que se tornaram resistentes  aos antibióticos convencionais devido ao uso inadequado destes medicamentos.

A explicação para o surgimento de bactérias mais resistentes está na teoria da seleção natural das espécies, elaborada por Charles Darwin. Quando são expostas aos antibióticos, um grupo pequeno de bactérias mais fortes pode sobreviver e posteriormente se reproduzir. Isso significa que, a cada geração, as bactérias mais resistentes dão origem a outras bactérias que também são resistentes.

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Quando o microrganismo é resistente a um ou mais antimicrobianos de três ou mais categorias, dizemos¿que ele é multirresistente. Essa resistência pode surgir por uma mutação que dá ao microrganismo condições de resistir ao medicamento. Também pode acontecer pela troca de material genético entre microrganismos comuns e microrganismos resistentes.

O problema é mais frequente com antibióticos, mas também afeta antivirais, antifúngicos e antiparasitários. Antimicrobiano é o nome comum para todos estes medicamentos.

Por isso, o uso de antibióticos adequados para o tipo de infecção, no tempo correto e na dosagem correta é fundamental para evitar a sobrevivência de bactérias mais resistentes.

Fatores que contribuem para o surgimento:

Além disso, outros fatores também contribuem para o surgimento de superbactérias. Conheça os principais:

  1. Tratamento de maior ou menor duração do que recomendado pelo médico.
  2. Uso de antibióticos para tratar doenças que não são infecções bacterianas, como a gripe, por exemplo.
  3. Uso de antibiótico não indicado para o tipo de bactéria que está causando a infecção.
  1. Uso inadequado de antibióticos na área veterinária, especialmente em animais utilizados para o consumo humano.
  2. Falta de um bom controle de infecções nos serviços de saúde.

Vai faltar antibiótico?

O principal problema da resistência é a redução das opções de antibióticos para tratar infecções causadas por bactérias mais fortes. Cada vez que uma pessoa adoece por causa de uma bactéria resistente, o tratamento se torna mais difícil. Se esta pessoa estiver infectada por uma bactéria multirresistente, ou seja, resistente a diferentes antibióticos, é possível que não se encontre um tratamento adequado.

Quem se torna resistente? A bactéria ou a pessoa?

Quem se torna resistente é a bactéria. Se uma pessoa contrai uma bactéria resistente, o seu tratamento será mais difícil.

O que posso fazer?

As medidas para conter a resistência aos antibióticos dependem tanto dos pacientes como dos profissionais que prescrevem os medicamentos e dos outros profissionais de saúde. Segue algumas:

  1. Utilize antibiótico somente com receita de um profissional habilitado.
  2. Não use antibióticos que sobraram de tratamentos anteriores.
  3. Não divida seu medicamento com outra pessoa, pois a infecção pode ser diferente.
  4. Não tome antibiótico para gripe. Gripe é uma doença provocada por vírus e não é tratada com esse tipo de medicamento.
  5. Consulte sempre um médico antes de consumir medicamentos. Uma dor de garganta, por exemplo, nem sempre significa uma infecção e, na maioria das vezes, não é necessário consumir antibióticos.
  6. Termine o tratamento, conforme a orientação do médico, mesmo que já esteja se sentindo melhor.
  7. Previna infecções com medidas simples como lavar as mãos, manter a vacinação em dia, cobrir nariz e boca ao espirrar e fazer sexo protegido.

FONTE: ANVISA

 

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