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Sexonambulismo: entenda o distúrbio de quem transa dormindo

Todo mundo sabe como é o comportamento de uma pessoa sonâmbula. Fala, gesticula e – acredite – há relatos de quem até dirigiu durante a noite. Mas e quando essas atitudes envolvem algo sexual?

Este transtorno existe e é chamado de sexonambulismo ou até mesmo sexômnia. Quem sofre deste mal, que é caracterizado como um distúrbio do sono, apresenta comportamentos sexuais iguais aos de quem está acordado, com a diferença de estar inconsciente. Isso pode envolver masturbação ou mesmo relações com outros parceiros. Outro fato importante é que esses episódios geralmente envolvem agressão ou violência.

E tem mais: estudos mostram que os pacientes não se lembram de nada do que aconteceu!

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Os homens são a maioria dos casos, mas não há um motivo específico para isso. «Cada função no organismo é controlada por uma parte do cérebro. Em pacientes com esse distúrbio, o setor relacionado ao comportamento sexual continua em atividade mesmo enquanto os outros estão dormindo», explica o neurologista do Instituto de Medicina do Sono de Campinas e Piracicaba, Shigueo Yonekura. «A parassonia ainda é um mistério na medicina.»

Mas, calma, não é motivo para se desesperar. Há alguns fatores que podem indicar se você está com esse problema. Se você é homem e, ao acordar, percebe que ejaculou, isso pode ser um sinal, como aponta Yonekura. Porém, o indício mais comum é justamente o relato de um parceiro.

Tem tratamento?

Sim, e ele é feito a base de medicamentos, geralmente calmantes, aliado a sessões de terapia. Tudo isso deve ser prescrito por um médico, que pode ser um neurologista, psiquiatra, ou mesmo especialista do sono.

Além disso, é melhor ficar longe de drogas e bebidas alcóolicas e evitar situações de estresse, pois podem agravar o problema.

Caso famoso

Em 2011, o britânico Stephen Lee Davies foi acusado de estuprar sua enteada de 16 anos e só não foi condenado porque o júri acatou uma prova de que ele era sexonâmbulo. Como? A partir dos relatos de sua esposa e uma ex, que disseram que ele realmente tinha relações sexuais e não se lembrava de nada no dia seguinte.

A recomendação, segundo o neurologista Shigueo Yonekura, é procurar ajuda médica se houver suspeita do distúrbio e realizar o tratamento necessário.

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