Estilo de Vida

Cresce a procura e o número de lojas de plantas na Santa Cecília e Vila Buarque

Não dá para negar que um verde em casa traz mais vida e mais conforto. Apesar de demandar uma certa atenção, muitos moradores por aí, principalmente os que vivem em apartamento, buscam uma forma fácil para ter uma planta em casa. E, mesmo os que já tem, vez ou outra acabam voltando com mais uma debaixo do braço. Com isso em mente, surgiram nas ruas charmosas dos bairros de Santa Cecília e Vila Buarque, no centro, lojas e viveiros querendo facilitar e espalhar a cultura do vasinho de planta em casa.

Foi da vontade de “criar soluções funcionais e elegantes para se ter plantas em casa” das duas arquitetas, Denise Yui e Júlia Rettmann que, em 2014, elas abriram a loja de plantas Selvvva. No início, eram comercializados apenas produtos acessórios como cachepôs, vasos e suportes com design assinado pela dupla.

Hoje, depois de se mudarem para o endereço novo em Santa Cecília e com mais espaço, o foco tem se dividido entre as peças desenhadas pelas duas e as plantas cultivadas com carinho.

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Em parceria com a Escola de Botânica, vizinha de parede, a Selvvva transformou-se em um espaço para aprendizado. “É importante não ter medo de errar”, diz Júlia.

Movido pela mesma vontade, a duas quadras dali e alguns meses antes, o casal Ina Amorozo e Jean Manuel abriu sua segunda loja. Ambos tiveram uma relação muito próxima com seus produtos e viram na falta de plantas do bairro uma oportunidade de expandir a cultura verde. Assim surgiu o Quintal do Centro, que une um espaço retrô de cafeteria com um viveiro de plantas. Para Jean, é um espaço para “ensinar e aprender a cuidar de plantas”, o que às vezes envolve um trabalho árduo de consultoria, inclusive desaconselhar o cliente a levar uma planta de que gostou por não corresponder às condições de crescimento. Pensando nisso, muitos clientes acabam optando por espécies de sombra que não precisem de tanto sol.

Todos em busca de verde
Cristina Sanches é sócia desde janeiro em uma floricultura na região e vê a mesma tendência. “Muitos clientes buscam plantas que deem flores, mas a maioria dessas precisa de sol abundante. Coisa que não é comum nos apartamentos de hoje. As plantas que estão mais bem adaptadas a esses ambientes são os filodendros, os pacovás, ou as espadas-de-são-jorge”.

Para Júlia, “é importante saber que cada planta veio de um ambiente específico e que é legal que o dono tente reproduzir as condições do ambiente original. Para plantas de topo de morro, é importante sol e ventilação. Já as plantas originárias de vale, é mais importante a sombra e a umidade”.

Quando o assunto é a nutrição, existem algumas opções já disponíveis no mercado. O consumidor pode escolher entre os fertilizantes orgânicos e os minerais. Ambos vem tanto em forma de pó quanto em forma líquida. Quem quiser fazer o próprio adubo, deve prestar atenção para garantir que o material orgânico já passou pela compostagem. Isso vale para bagaços de frutas filtrados de sucos e restos de vegetais como caules e raízes. No caso de quem tem um minhocário, pode utilizar aquele líquido que escorre diluído direto nos vasos.

Para saber mais
Quem quiser aprender mais, a Escola de Botânica oferece cursos presenciais que tratam de diversos assuntos, desde plantas comestíveis não-convencionais até pigmentos de aquarela naturais e oficinas de compostagem. O endereço é: escoladebotanica.com.br ou Av. Angélica, no. 501 Santa Cecília – São Paulo.

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