Estilo de Vida

Mulheres demoram mais que homens para se recuperar de gripe

As mulheres demoram um pouco mais que os homens para se recuperarem de uma gripe: é o que diz um estudo realizado pela Universidade Johns Hopkins, nos EUA, publicado na última terça-feira (17), no jornal Biology of Sex Differences. A pesquisa pode ajudar no desenvolvimento de medicamentos mais eficazes, especialmente para elas.

Leia mais:
Quer ficar menos estressado ou ansioso? Escreva sobre emoções positivas
Lei que permite mulheres descerem fora do ponto de ônibus ainda é pouco conhecida

Isso acontece porque os homens são capazes de produzir uma proteína fundamental na regeneração dos pulmões em maior quantidade. No estudo, foram analisados os efeitos de células de homens e mulheres cultivadas em laboratório infectadas com o vírus Influenza, causador da gripe. Os cientistas perceberam que as células derivadas de homens produziam mais amphiregulin do que as células derivadas de mulheres. Essa proteína é importante nos processos de cicatrização.

Recomendados

A pesquisa também investigou os efeitos em camundongos vivos e notou que o caso se repete: os machos se recuperaram mais rápido que as fêmeas e que os machos criados para não produzirem a proteína em questão.

Os cientistas já tinham notado que as mulheres demoravam mais para se recuperar da gripe, mas isso era atribuído a uma chance maior de infecção nos pulmões que os homens. «A novidade aqui é que as fêmeas também têm uma regeneração dos tecidos mais lenta durante a recuperação devido a uma produção relativamente mais baixa de amphiregulin», explicou Sabra Klein, autora sênior do artigo e professora do Departamento de Microbiologia Molecular e Imunologia da instituição.

Contudo, ainda não se descobriu por que os homens e os camundongos machos tiveram um aumento na produção da proteína ao serem infectados com o vírus da gripe. A princípio, a suspeita era de que estivesse relacionado ao nível de testosterona, mas experimentos posteriores comprovaram que não era o caso; mesmo assim, eles notaram que o hormônio também era capaz de ajudar na proteção contra a doença.

Tags

Últimas Notícias


Nós recomendamos