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Volks lança primeiro 1.0 com preço acima de R$100 mil

Motor 1.0 já foi sinônimo de carro popular, mas já faz algum tempo que essa relação está mudando. Na vanguarda deste movimento está o VW Golf, que chega reestilizado à linha 2018. Na versão de entrada, equipada com o propulsor 1.0 turbo de três cilindros, o preço sugerido é de R$ 91.790, mas pode chegar a R$ 101.240 se o comprador adquirir todos os itens opcionais, que são: teto solar panorâmico, rodas de 17 polegadas e pintura perolizada.

Antes, o mesmo Golf Comfortline 1.0 TSI custava, sem opcionais, R$ 78.780. No comparativo entre modelos, o aumento foi de R$ 13.010 (ou 16,5%). No caso de uma unidade completa, o aumento foi menor: 8,6%. Isso porque o veículo ganhou equipamentos de série, dos quais o mais relevante é a atualização para câmbio automático.

A versão de entrada também recebeu volante multifuncional revestido em couro com aletas para trocas de marcha, sensores de chuva e crepuscular, faróis com temporizador programável, retrovisor interno eletrocrômico, controlador de velocidade de cruzeiro, câmera de ré e sistema de infotenimento atualizado, com tela de 8 polegadas sensível ao toque.

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Em defesa do Golf Comfortline, vale lembrar que, apesar de ser o menos potente da gama, seu motor 1.0 TSI está longe da lerdeza associada por muitos aos veículos com essa cilindrada. Isso se deve graças ao emprego de novas tecnologias como o turbocompressor e a injeção direta de combustível. Assim, ele desenvolve 128 cv de potência com etanol e 116 cv com gasolina, a 5.500 rpm.

Segundo a Volkswagen, o modelo acelera de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos e atinge a velocidade máxima de 192 km/h. Nada mau!

Downsizing

A ideia de utilizar tecnologias de sobrealimentação para fazer com que motores de baixa cilindrada atinjam números de potência e torque similares a propulsores maiores de aspiração natural não é tão nova assim: chamada de downsizing, essa prática começou a ser aplicada de modo mais generalizado pela indústria automobilística na década passada, especialmente na Europa. A proposta é reduzir os índices de emissões de poluentes e de consumo sem sacrificar o desempenho.

O Golf não é o único a aderir ao downsizing: concorrentes diretos também se utilizam de motores turboalimentados de baixa cilindrada. Todas as versões do Chevrolet Cruze, por exemplo, são movidas por um 1.4 turbo capaz de render 153 cv de potência com etanol e 150 com gasolina, a 5.600 rpm, além de 24,5 kgfm de torque com o primeiro combustível e de 24 kgfm com o segundo, a 2.100 rpm. No caso do Peugeot 308, toda a linha é equipada com um 1.6 turbo, que rende 173 cv com etanol e 166 cv com gasolina, a 6.000 rpm, além de 24,5 kgfm com ambos os combustíveis, a 1.400 rpm.

Restante da linha Golf

Após sucessivos adiamentos, enfim o Golf 2018 foi lançado no Brasil, com uma reestilização no design da carroceria. As mudanças concentram-se na dianteira: os faróis adotaram formato mais trapezoidal, a grade ficou estreita e a tomada de ar inferior junto com as luzes de neblina ganharam linhas mais fluidas. Na traseira, as lanternas exibem novo visual, enquanto o para-choque recebeu apliques cromados que simulam saídas de escape.

Trata-se da mesma atualização de estilo que, na Europa, estreou em novembro de 2016. Inicialmente, a Volkswagen planejava atualizar o Golf nacional em meados do ano passado, mas priorizou outros lançamentos, como a nova geração do Polo e o sedã Virtus.

Na parte mecânica, a novidade do Golf 2018 é o abandono do câmbio manual. A partir de agora, toda a linha vem equipada com transmissões automáticas ou automatizadas.

Outra novidade foi para a esportiva GTI, que ganhou alguns cavalos: o valor máximo subiu de 220 cv para 230 cv.

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