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Vazamento de relatório aumenta polêmica envolvendo Facebook

Em meio à uma polêmica envolvendo vazamento de dados, o Facebook viu nesta quinta-feira (29) seus problemas aumentarem após um memorando escrito por um alto executivo vir à público relatando que a empresa estava determinada a crescer, apesar dos riscos para seus usuários.

O memorando escrito por Andrew Bozworth, amigo do fundador da rede social Mark Zuckerberg, e datado de 2016 foi divulgado pelo site de notícias «Buzzfeed».

«A verdade nua e crua é que acreditamos tanto em conectar as pessoas que qualquer coisa que nos permita conectar mais pessoas de maneira mais frequente é ‘de fato’ boa», diz o texto do arquivo.

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Nele, Bozworth ressalta que o princípio poderia conquistar resultados positivos, como evitar suicídio, encontro um amor, como negativos. «Todas as práticas questionáveis de importar contatos, toda aquela linguagem sutil que ajuda usuários a serem procurados por amigos. Talvez possa custar uma vida ao expor alguém aos bullies. Talvez alguém morra em um ataque terrorista coordenado em nossas ferramentas».

«Nós conectamos as pessoas, é por isso que todo o trabalho que fazemos para o crescimento é justificado», acrescentou Bozworth.

O funcionário do Facebook é famoso por não ter receio de falar o que pensa. No entanto, ele voltou atrás nas suas declarações.

«Eu discordo do texto hoje e quando escrevi. O objetivo era trazer à tona questões que mereciam discussão mais ampla com a sociedade», escreveu em sua conta no Twitter. Zuckerberg, por sua vez, rebateu as declarações escritas no memorando e disse que Bosworth é um «líder talentoso e diz coisas provocativas» Segundo o site «The Verge», dezenas de funcionários do Facebook estão usando o chat interno para compartilhar preocupações sobre o material divulgado à mídia.

O vazamento desse memorando acontece em um momento sensível, o qual o Facebook enfrenta o escândalo de vazamento de dados de mais de 50 milhões de usuários usados pela empresa de análise britânica Cambridge Analytica contratada para interferir no resultados da eleições dos Estados Unidos de 2016 e também do Brexit.

Na semana passada, o fundador da rede social pediu desculpas pelos erros e prometeu medidas mais rígidas de prevenção a privacidade, principalmente, para restringir o acesso de desenvolvedores de aplicativos às informações de seus seguidores.

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