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Consórcios crescem na crise, mas será que vale a pena aderir?

Opção de compra ganha espaço com restrição ao crédito em outras modalidades

A crise nas vendas de automóveis abriram uma janela de oportunidades para as administradoras de consórcios. Com a liberação de crédito mais restrita para outras modalidades como o financiamento, as vendas por consórcios crescem desde maio de 2016. Segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), somente nos oito primeiros meses de 2017 o crescimento foi de 14,3%, quando comparado ao mesmo período do ano passado.

O consórcio é uma modalidade tipicamente brasileira, que surgiu junto com a indústria automobilística, na década de 1960, e tem suas vantagens e desvantagens. O lado positivo é não exigir renda mínima, nem parcelas intermediárias, nem juros. O negativo é que tem uma taxa de administração que pode ser pesada. E, ao contrário do financiamento tradicional, o consorciado corre o risco de pagar durante meses sem receber o carro.

Segundo dados da ABAC, até maio de 2016, as adesões estavam despencando, um reflexo da crise financeira. Mas, em 2017, após oscilações, o setor retomou o crescimento e em agosto ultrapassou, em 14,3%, desempenho do mesmo período do ano anterior. “O consumidor está substituindo o imediatismo do consumo com o planejamento financeiro que é característico do consórcio”, diz o presidente da ABAC, Paulo Roberto Rossi.

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Outro fator para o crescimento, segundo ele, foi o dinheiro injetado na economia com os saques das contas inativas do FGTS liberados no primeiro semestre deste ano.

De acordo com Sérgio Reze, diretor executivo da Disal Consórcio, “as dificuldades de aprovação de financiamento para compra de veículo fazem com que a opção consórcio, que na realidade é uma poupança, tenha custo inferior em relação ao financiamento”.

Dicas

  1. Investigue a saúde financeira da administradora de consórcio. Além disso, confira no Banco Central se a empresa tem autorização para funcionar.
  2. Leve em conta os custos com a taxa de administração e fundo de reserva, além de comparar o custo final com outras modalidades, como financiamento e leasing.
  3. Não acredite em promessa de entrega programada ou contemplação garantida. O que determina a contemplação é o sorteio ou quem der um lance vencedor. Os prazos, valores das taxas, da parcelas, número de participantes, cláusula de rescisão e o que acontece em caso de inadimplência devem ser bem explicados no contrato.
  4. Se algo não ocorrer corretamente denuncie a administradora do consórcio ao Banco Central e procure as entidades de defesa do consumidor.

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