Para atletas e dirigentes, o bom senso prevaleceu com o adiamento da Olimpíada de Tóquio, de julho de 2020 para o ano que vem. A informação foi confirmada pelo primeiro-ministro japonês, Abe Shinzo, nesta terça-feira (24).
Mas isso terá custos financeiros – e eles serão consideráveis. Segundo uma estimativa do professor Katsuhiro Miyamoto, professor de economia da Universidade de Kansai, no Japão, a realocação dos Jogos Olímpicos custará entre U$ 5,4 bilhões e U$ 6,2 bilhões ao governo do país organizador.
Um bom pedaço do prejuízo será com a manutenção dos estádios, piscinas, pistas e ginásios e dos edifícios da Vila Olímpica, estimada por Miyamoto em U$ 3,8 bilhões.
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Haverá também efeitos nas receitas do turismo, claro. Um dos principais hotéis de Tóquio, o Imperial estima que terá uma queda de 37% no seu faturamento neste ano. Já estava ruim, a partir março, quando a epidemia do covid-19 tinha causado uma drástica queda de ocupação de seus quartos: – de 80%, em março de 2018, para menos da metade, este ano.
Ainda assim, era uma decisão inevitável. “Na minha conversa com o primeiro-ministro, Abe Shinzo, as consequências financeiras não foram discutidas e não são a prioridade. Quisemos proteger vidas”, disse em uma entrevista coletiva, o alemão Thomas Bach, presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional).