Esporte

Rayssa Leal aposenta o apelido de Fadinha e briga pelo Mundial de Street, em São Paulo

Skate.

Rayssa Leal está na briga pelo Mundial de Street, disputado em São Paulo Foto: Divulgação

A característica fantasia de fada é página virada no livro da maranhense Rayssa Leal, de 11 anos, que agora prefere ser chamada pelo próprio nome, e não mais de Fadinha, como ficou conhecida ao andar de skate com as asas e o vestido de personagem infantil, ainda aos 7 anos.

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Campeã da etapa de Los Angeles do SLS (Street League Skateboarding) em julho, ela virou realidade, assim como o esporte no Brasil, e é uma das concorrentes ao título do Mundial de Street, que acontece em São Paulo, no Pavilhão de Exposições do Anhembi. Hoje rolam as quartas. Amanhã é a vez da semi e, domingo, a tão esperada final.

A pouca idade contrasta com os feitos de Rayssa. Atual número dois do ranking mundial, ela tem na bagagem um recorde de respeito: se tornou a mais jovem skatista a faturar uma etapa da SLS. Além disso, ficou na terceira colocação na etapa de Londres e foi campeã em um torneio na França.

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Em entrevista ao Metro Jornal, a atleta elencou quais são seus principais objetivos daqui para frente: participar da Olímpiada de Tóquio-2020, morar fora do Brasil e garantir um futuro para o irmão de quatro anos.

Inclusive, o Mundial de Street é a grande chance da skatista para somar pontos para marcar presença nos Jogos Olímpicos do ano que vem, em Tóquio. O campeonato garante 80 mil pontos aos vencedores das categorias masculina e feminina.

Assim como nos contos de fadas, tudo tem dado certo para o esporte no Brasil. Setembro ficou marcado como o período em que São Paulo se tornou a “capital do skate” por um mês, após sediar o Mundial de Park e, agora, o da modalidade street.

Ao lado dos ídolos

Questionada sobre quem são seus ídolos, Rayssa não titubeou ao citar os nomes de Pamela Rosa e Letícia Bufoni. As duas brasileiras que também estarão na competição. As três formam a linha de frente no ranking mundial. A australiana Hayley Wilson e a japonesa Aori Nishimura são duas das estrangeiras que estão na briga da corrida olímpica. Na categoria masculina, os brasileiros Kelvin Hoefler, Giovanni Vianna, Felipe Gustavo, o Buchecha, e Ivan Monteiro estão na disputa.

Não tem nenhum problema em me chamar de Fadinha, mas não estou gostando mais do apelido, agora prefiro ser chamada pelo meu nome mesmo.

Na escola os meninos já me falaram que skate não é coisa de menina, mas eu não me importo.

Meus sonhos são participar da Olimpíada, morar fora do Brasil e garantir um futuro para o meu irmãozinho de quatro anos.

Foi muito legal quando ganhei a etapa de Los Angeles. Cheguei em casa e teve festa, a gente gritou bastante e se divertiu.

SERVIÇO

Pavilhão de Exposições do Anhembi, à Avenida Olavo Fontoura, 1.209, Santana. Hoje, das 8h às 21h, amanhã, das 13h às 21h, e domingo, das 13h às 18h. Ingressos, entre R$ 50 a R$ 180, estão disponíveis somente para amanhã. Transmissão no Youtube da SLS.

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