Trinta anos depois, o Brasil volta a sediar uma Copa América. Essa é a quinta edição no país desde a criação do torneio e a expectativa da torcida é uma só: manter a hegemonia da Seleção, que conquistou as outras quatro disputas por aqui e luta pelo seu nono título continental.
Mas não vai ser fácil, ainda mais sem a principal estrela do time, o atacante Neymar, que sofreu lesão no amistoso contra o Qatar, na última semana, e ficará longe dos campos cerca de dois meses.
Sem o camisa 10, o técnico Tite – que também tenta se reconectar com a torcida especialmente após a derrota na Copa do Mundo da Rússia, no ano passado – busca uma referência em campo e ela pode cair sobre um jovem nome, David Neres, que encantou pelo Ajax no último ano, ou mesmo buscar um equilíbrio entre seus 23 convocados.
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A Seleção vai entrar no campo do Morumbi, em São Paulo, nesta sexta-feira (14), às 21h30, contra a Bolívia. O time joga com um uniforme diferente, de camisa branca e calção azul, em homenagem ao primeiro sul-americano vencido pelo Brasil, há exatos cem anos.
Um estudo da Fundação Getúlio Vargas coloca o Brasil com amplo favoritismo para o título, mas Uruguai, de Cavani, Suárez e companhia, Colômbia, com James Rodríguez, e a Argentina de Messi chegam com a força de sempre. Atual campeão das duas últimas edições, o Chile tenta recuperar forças, após não conseguir classificação para o Mundial.
Os grupos
Grupo A: Bolívia, Brasil, Peru e Venezuela
Na teoria, a chave do Brasil está bem fácil, com times historicamente fracos na América do Sul. Para a estreia, o Brasil não deve ter problemas com a Bolívia, que sofre com cortes e brigas internas. A segunda partida é contra a Venezuela, em Salvador, e pode ser um teste interessante, já que os rivais têm mostrado um futebol mais equilibrado. O último jogo, na Arena Corinthians, deve ser o mais difícil, contra um Peru experiente após a Copa do Mundo, e com craques como o atacante Guerrero.
- Tite: técnico da seleção brasileira
“Para mim, a pressão é diária”, disse ontem o técnico Tite, em coletiva de imprensa. E não têm sido dias fáceis para o treinador, que sofreu com problemas extra-campo de Neymar e agora tenta achar uma equipe que mescle novidade e experiência para voltar a levantar a taça sul-americana – a última conquista foi em 2007, na Venezuela.
Grupo B: Argentina, Colômbia, Paraguai e Qatar
Mesmo com uma equipe, em parte, reestruturada, a Argentina não deve ter muitas dificuldades para se classificar nesse grupo. O primeiro jogo é contra o Paraguai, uma equipe que busca melhores dias e não deve surpreender. Uma das seleções mais equilibradas do momento na América do Sul, a Colômbia estreia contra o frágil Qatar, que faz sua primeira participação na Copa América, como convidado.
- Messi: atacante da seleção argentina
Vem aí mais uma chance para um dos maiores nomes da história do futebol colocar sua assinatura com a camisa da Argentina. Até aqui foram fracassos em quatro Copas do Mundo e outras quatro em Copas América, sem uma taça sequer pra chamar de sua pela seleção. A vida do camisa 10 não será fácil por aqui, ainda mais em um time em reformulação e sem entrosamento como esse treinado pelo novato Lionel Scaloni.
Grupo C: Chile, Equador, Japão, Uruguai
Talvez o grupo mais equilibrado da competição, com um experiente Uruguai, que logo de cara pega o Equador, uma seleção que perdeu sua força na reta final das Eliminatórias para a Copa do Mundo, mas tem condições de se reencontrar. Há ainda o atual campeão das duas últimas edições da Copa América, o Chile, que na estreia pega o Japão, mais uma seleção convidada e que vem ao Brasil com sua equipe sub-23.
- Suárez: atacante da seleção uruguaia
Para muitos, a primeira lembrança que vem a cabeça sobre Luis Suárez no Brasil é a mordida em Chiellini, da Itália, na primeira fase da Copa do Mundo de 2014, que lhe rendeu uma punição pesada. Para o atacante, chegou a hora de mudar essa imagem e mostrar em campo que é a referência para o Uruguai na luta por seu 16º título e se manter como maior vencedor da Copa América.
Ficou pistola
Querido pela torcida brasileira, o Canarinho Pistola foi barrado para a Copa América e não poderá entrar em campo nos jogos do Brasil, já que o torneio conta com um mascote, a capivara Zizito. Mas ele estará com a Seleção em ações fora dos estádios!
Abertura
A cerimônia começa às 21h10, terá cerca de 10 minutos e contará com 500 pessoas em cena. O cantor brasileiro Léo Santana e a estrela colombiana Karol G. vão cantar a música tema da Copa América, “Vibra, Continente”
1ª rodada – Outros jogos
- Sábado (15)
Venezuela x Peru – Arena do Grêmio, às 16h
Argentina x Colômbia – Fonte Nova, às 19h - Domingo (16)
Paraguai x Qatar – Maracanã, às 16h
Uruguai x Equador – Mineirão, às 19h - Segunda-feira (17)
Japão x Chile – Morumbi, às 20h