Esporte

Campeão mundial Bob Burnquist demonstra otimismo com os rumos do skate no país

Dez vezes campeão mundial, o brasileiro Bob Burnquist, aos 42 anos, vive uma nova fase da carreira. O centro das pistas deu lugar às margens, de onde ele guia o esporte no país como presidente da CBSk (Confederação Brasileira de Skate).

Em qual das duas modalidades olímpicas o Brasil tem mais chances?
O skate brasileiro está vindo forte em todas as modalidades, tanto as olímpicas quanto as não olímpicas. Tanto no park quanto no street nós temos boas chances de classificação e de pódio. O resto fica na mão deles [dos atletas], na raça e na garra. Mas estamos muito bem representados nas duas modalidades.

Qual é a importância de ter grandes nomes como o da Leticia Bufoni?
É sempre muito bom ter ídolos, porque o esporte vai sobreviver com os ídolos. A Leticia vem como mentora do street, que vem crescendo cada vez mais. Ela está trilhando o caminho do skate feminino. Temos esperanças para todas estarem bem e crescendo assim.

Como está a adaptação do skate para a Olimpíada?

O skate tem muitas vertentes. Inicialmente, tínhamos o medo da infecção de um grande campeonato, de [impor] moldes. Um campeonato normal, mesmo não sendo Olimpíada, já é uma caixa. E o skate sempre fica na contracultura, quer ser mais lifestyle, mais cultural. Mas hoje temos o momento olímpico e, dentro disso, existem regras, que devem ser seguidas. Quem está competindo já entendeu isso. Tem a galera mais do lifestyle, que não é olímpico, mas não tem problema, porque o skate não perde a identidade.

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O que já melhorou no Brasil em relação à infraestrutura?
Demos um passo bom, com a evolução na praça do Ó [na Barra da Tijuca], na parte de street, e a nova pista de park, onde fizemos a final do Oi STU Open [circuito nacional], no ano passado. Ali foi uma junção do público e do privado para montar a pista e deixar o legado.
A ideia é continuar fazendo isso pelo Brasil.

O que avançou no esporte desde a consolidação da CBSk?
Conseguimos entrar no programa Bolsa Pódio. No ano passado, já tínhamos alguns e, este ano, acho que aumentou. Isso dá um suporte incrível. Eu não tinha, na minha carreira, o suporte que eles têm agora, com viagens, hotel, seguro saúde. Para as competições internacionais, que este ano teremos muitas, nós temos recursos para pagar as passagens. Ficamos muito felizes.

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