O Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP) denunciou nesta terça-feira o presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, pelas declarações ao fim da decisão do Campeonato Paulista, contra o Corinthians, no dia 8 de abril, quando chamou o torneio de «manchado» e de «Paulistinha». O dirigente será julgado sobre o caso na tarde da próxima segunda-feira.
Galiotte foi enquadrado no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que tipifica como infrações assumir condutas contrárias à disciplina e, especificamente, reclamar desrespeitosamente contra suas decisões. Para o caso de quem é dirigente, a suspensão varia de 15 a 180 dias.
O presidente atacou naquela ocasião o cancelamento de um pênalti marcado de Ralf em Dudu e reavaliado depois de oito minutos de paralisação. O Palmeiras afirma ter existido interferência externa e tem se mobilizado nos bastidores para questionar a decisão do árbitro Marcelo Aparecido de Souza de voltar atrás na decisão.
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Galiotte afirmou após a final que a conduta do árbitro estragou o campeonato. «O Palmeiras é muito maior do que o ‘Paulistinha’. Não vamos ficar preocupados com uma situação absolutamente vergonhosa. O que esse senhor fez hoje (domingo) aqui foi uma vergonha. Depois de marcar a penalidade, ele teve uma reunião dentro de campo. Uma reunião! E aí o pênalti foi simplesmente anulado», disse.
O presidente do Palmeiras afirmou que a atuação da arbitragem naquela tarde foi um vexame. «Uma vergonha para nós, para o futebol brasileiro, para nós dirigentes. O que esperamos do futebol? Cobramos dirigentes, atletas, treinador, e agora? Como a gente faz? O que eu falo para meus jogadores no vestiário? É uma situação que revolta», comentou.