Esporte

Itália entra com força na briga pelos Jogos de Inverno de 2026

Após ter visto o «não» de Roma às Olimpíadas de Verão de 2024, a Itália entrou com força na disputa para receber os Jogos de Inverno de 2026, quando a Europa Ocidental completará 20 anos sem sediar o megaevento.

A última vez em que isso aconteceu foi justamente em solo italiano, em 2006, em Turim, que agora se juntou a Milão, segunda maior cidade e capital financeira do país, para reeditar o sonho olímpico. De lá para cá, os Jogos de Inverno já passaram por Vancouver (Canadá), Sóchi (Rússia) e PyeongChang (Coreia do Sul), e seu próximo destino é Pequim, na China.

Nesta quinta-feira (29), o Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni) manifestou ao Comitê Olímpico Internacional (COI) o interesse de Turim e Milão, cidades separadas por cerca de 150 quilômetros, em uma candidatura conjunta para as Olimpíadas de 2026. Isso não quer dizer, no entanto, que as duas seguirão na disputa.

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As capitais do Piemonte e da Lombardia iniciaram apenas uma fase de «diálogo» com o COI, que poderá levar à candidatura de uma, de outra ou das duas juntas. No entanto, não se exclui a hipótese de incluir outros territórios no debate.

Até 31 de março, prazo máximo estipulado pelo Comitê Olímpico Internacional, a região do Vêneto, no nordeste da Itália, deve oficializar seu interesse em levar os Jogos de 2026 para Cortina d’Ampezzo, um dos mais célebres resorts de esqui da Europa, contando com o apoio de instalações no vizinho Trentino-Alto Ádige.

As duas regiões são cortadas pelas Dolomitas, trecho dos Alpes italianos tombado pela Unesco e, todos os anos, atraem milhares de apaixonados por esportes de neve. «Confirmo que será apresentada uma manifestação de interesse, com Cortina na liderança, do complexo Dolomitas-Unesco, em sediar as Olimpíadas de Inverno», disse o governador do Vêneto, Luca Zaia.

Já escaldado pela recusa de Roma em continuar na disputa pelos Jogos de 2024, que acontecerão em Paris, o Coni mantém a cautela e diz que aguardará a posse do novo governo – que ainda não se sabe qual será – para avaliar a viabilidade de todas as candidaturas na Itália.

De fato, o cenário político italiano não incentiva uma campanha olímpica. Como nenhum partido obteve maioria no Parlamento nas eleições de 4 de março, ninguém sabe quem será o próximo primeiro-ministro do país, embora os partidos de Zaia (Liga) e da prefeita de Turim, Chiara Appendino (Movimento 5 Estrelas), estejam na frente.

Até o momento, apenas a Áustria, com as cidades de Graz e Schladming, mostrou interesse pelos Jogos de 2026, mas a ideia de receber um megaevento encontra bastante resistência no país, como ficou claro no referendo que enterrou a candidatura de Innsbruck.

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