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Corinthians vence São Paulo nos pênaltis e pega o Palmeiras na final

Foi no sufoco ou, como os corintianos gostam de falar, com a cara do clube. Gol aos 47 minutos do segundo tempo, o candidato a herói da vaga perdendo pênalti, pressão e briga. Teve de tudo até Cássio mais uma vez brilhar, pegar a cobrança de Liziero e transformar a agonia em alegria e garantir o 5 a 4 nos pênaltis, após 1 a 0 no tempo normal, nesta quarta-feira, no Itaquerão. E os dois favoritos desde o início do estadual, vão decidir o Campeonato Paulista: Corinthians e Palmeiras.

A Arena Corinthians virou um caldeirão em que era preciso muito sangue frio para suportar a pressão. Com a força da torcida na disputa dos pênaltis, o time marcou com Matheus Vital, Clayson, Pedrinho Maycon e Danilo. Por uma ironia do destino, Rodriguinho o salvador no tempo normal, quase virou vilão e perdeu sua cobrança.

Mas o Corinthians tinha Cássio. Ele pegou a cobrança de Diego Souza e a derradeira batida por Lizieiro. A bola ainda caprichosamente passou perto da trave antes da garantia de que não entraria para a arena estourar de alegria. Marcos Guilherme, Bruno Alves, Reinaldo e Militão marcaram para o São Paulo.

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Antes da bola rolar, os técnicos Fábio Carille e Diego Aguirre encerraram a polêmica do jogo passado, quando o são-paulino não cumprimentou o corintiano. Os dois conversaram e trocaram presentes. Clima de paz entre eles, mas só entre eles. A tensão que rondava a Arena Corinthians, muito graças a essa discussão anterior, chegou aos jogadores, que protagonizaram lances ríspidos, saindo faísca em diversas divididas. E após o jogo, o telão da Arena ainda exibiu uma mensagem: Respeita o professor.

Logo aos oito minutos, Tréllez deu sequência a uma jogada que o árbitro já havia paralisado e foi contido com uma pancada de Gabriel. O tempo fechou, quase do mesmo nível que a forte chuva que caiu horas antes do jogo. Um bando de jogadores – titulares e reservas – trocou empurrões, em tentativa de intimidação.

Só que esse clima de guerra em nada ajudaria o Corinthians, que precisava marcar pelo menos um gol a qualquer custo. O São Paulo mostrou valentia. Marcava a saída de bola e dificultava ainda mais a missão corintiana. «Estamos jogando do jeito que o Aguirre gosta», contou Jucilei, no intervalo.

A marcação alta tricolor parece ter surpreendido o Corinthians até mais do que a presença de Rodriguinho e Fagner em campo – o lateral estava com a seleção brasileira na Europa até terça-feira e foi direto para Itaquera.

Aos poucos, o São Paulo recuou, já que não aguentaria manter o ritmo intenso por tanto tempo e deu espaço. Com o Corinthians no ataque, um confronto que chamou a atenção foi entre Militão e Clayson. Roubadas de bola, dribles desconcertantes e discussões marcaram o duelo.

E a rara oportunidade real de gol dos mandantes no primeiro tempo caiu nos pés de Emerson Sheik, que recebeu cruzamento rasteiro de frente para o gol e chutou por cima. Com uma defesa tão fechada, um erro desse poderia ser fatal.

No segundo tempo, a ordem no Corinthians foi atacar e pressionar. O São Paulo se fechou e o jogo virou um duelo de ataque contra defesa. Mas faltava atrevimento e algo diferente para os corintianos. Então, Carille colocou Pedrinho no lugar de Gabriel para aumentar a blitz contra a organizada defesa tricolor.

Aos 35, Carille tentou a última cartada, com uma certa dose de mística. Tirou Emerson e colocou Danilo, que tantas vezes decidiu clássicos – principalmente contra o São Paulo – em um passado não distante. Até que Rodriguinho aproveitou cobrança de escanteio e marcou o gol para colocar o time no caminho da decisão e mantê-lo vivo na busca pelo bicampeonato paulista.

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