Quase todas as definições da Série B do Campeonato Brasileiro já foram resolvidas. América-MG, Internacional, Ceará e Paraná já garantiram o acesso e Luverdense, Santa Cruz, Náutico e ABC já foram rebaixados. Para a 38.ª e última rodada, que começou na última terça-feira e terá jogos nesta sexta e sábado, só falta saber quem, entre o time mineiro e o gaúcho, será o campeão. Por isso, a Comissão de Arbitragem da CBF resolveu inovar e escalou mulheres para apitar duas partidas.
Será a estreia de Deborah Cecília Correia e Edina Batista, que comandarão os jogos Oeste x Goiás e Figueirense x Paysandu, respectivamente. As duas ostentam a insígnia da Fifa e são as primeiras a comandar uma partida da Série B desde o encerramento da carreira da ex-árbitra paulista Silvia Regina de Oliveira, em 2007.
«Elas já atuaram na Série D e C e foram bem, agora vamos testar na Série B. Vamos sentir como se reage em relação à arbitragem feminina numa Série B e, quem sabe, no ano que vem teremos na Série A. Nós estamos fazendo um trabalho de acompanhamento muito sério da arbitragem feminina. Trabalho de preparação, de condicionamento físico e técnico, parte disciplinar… Hoje elas atendem a demanda que se exige nessas competições», explicou Marcos Marinho, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF.
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Edina Batista, que terá como assistentes Neuza Back e Tatiane Sacilotti (também integrantes do quadro da Fifa) no jogo desta sexta-feira em Florianópolis, falou sobre a nova experiência. «Estou super feliz pela oportunidade e confiança que a Comissão de Arbitragem está nos dando. A cada dia que passa, a Comissão de Arbitragem, juntamente com a CBF, vem dando oportunidades para todas as mulheres do quadro feminino. Este jogo é importantíssimo para o meu currículo, e trabalhar com a Neuza e a Tatiane também é uma oportunidade de ajustar o trabalho em equipe e fortalecer ainda mais nosso trio».
Escalada para a partida entre Oeste e Goiás, neste sábado, em Barueri (SP), Deborah Cecília Correia está muito orgulhosa com a oportunidade. «Meu primeiro sonho era apitar um clássico. Quando iniciei queria atuar em um clássico regional e consegui. Agora, meu sonho era atuar em uma competição nacional. Consegui. Faz parte de uma realização principalmente por eu ser uma mulher. Estamos quebrando essa barreira cada vez mais e estou muito orgulhosa disso», disse a árbitra pernambucana.
Além desta nova oportunidade, ela falou sobre os próximos objetivos e o seu ano na arbitragem. «Tive metas que completei. Agora minha meta é chegar ao Mundial. Não só minha, como de todo árbitro. Quem não sonha em chegar ao Mundial? Seria uma realização. Sobre meu ano, 2017 é o ano que eu tive mais sucesso profissional. Na minha concepção é meu melhor ano», finalizou Deborah Cecília Correia.