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Renato Gaúcho admite uso de espião no Grêmio antes da final da Libertadores

O técnico Renato Gaúcho se manifestou nesta terça-feira sobre a polêmica acusação de uso de espiões por parte do Grêmio ao longo da temporada. De acordo com informações da ESPN Brasil, o clube gaúcho teria um funcionário pago para analisar adversários e que teria, inclusive, utilizado um drone para filmar um treino fechado do Lanús (ARG), rival gremista na decisão da Libertadores nesta quarta-feira, na Arena.

Ao contrário do que havia feito o diretor jurídico do Grêmio, Nestor Hein, que também em entrevista à ESPN Brasil negou as informações e as chamou de «fofoca», Renato admitiu o uso de espiões pelo clube, mas minimizou e criticou a polêmica gerada em torno do assunto.

«Essa palhaçada eu nem iria perder meu tempo comentando. Na semana passada, eu vi que a Austrália ficou filmando Honduras. Nosso presidente mostrou que, em 2015, o São Paulo ou o Palmeiras soltou um drone para analisar um adversário. Na minha época, já existia olheiro, espião. Então, eu queria falar para algumas pessoas que acham que entendem de futebol que antes mesmo de eu jogar, já tinham pessoas que espionavam os adversários. Todo clube brasileiro tem um espião. Todo. A seleção brasileira tem espião, o mundo todo tem», declarou.

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Renato só não confirmou o uso do drone por parte do espião contratado pelo Grêmio, mas também minimizou esta possibilidade. «O drone eu não sei se foi usado. Ele (espião) é pago para trazer informações para o Grêmio. Até parece que o drone foi inventado ontem à noite, que isso nunca foi feito no futebol, que é a primeira vez.»

O treinador ainda criticou o momento em que a matéria foi divulgada e atacou parte da imprensa. De acordo com ele, o assunto nesta terça-feira deveria ser apenas a partida de quarta, quando o Grêmio abre a decisão da Libertadores com o Lanús.

«Acho engraçado as pessoas fazerem uma tempestade em copo da água na véspera de um jogo tão importante. Será que não tem coisa muito mais interessante para falar numa decisão do que de um drone? Depois reclamam que treinadores não gostam de dar entrevista. Algumas pessoas de vocês (imprensa) estão acabando com o futebol», considerou.

Para Renato, a utilização de um espião é apenas mais um artifício que pode ajudar o Grêmio na busca pelo título. «Eu pergunto a essas pessoas: como se ganha uma guerra? Como neutralizar o adversário? Usando suas formas, com drone, com helicóptero, com jato… No futebol é a mesma coisa. O mundo é dos espertos. E não pensem que não estamos espertos. No mundo todo, sempre tem um X9. Respeito quem fez a entrevista, quem deu a notícia, mas alguém vai pagar por isso.»

Treino fechado

O técnico Renato Gaúcho só vai confirmar a escalação do Grêmio para a primeira partida da decisão da Libertadores momentos antes do duelo diante do Lanús, quarta-feira, na Arena. Nesta terça, o comandante tricolor voltou a fechar o treino à imprensa e escondeu os 11 que irão a campo.

O Grêmio trabalhou novamente na Arena, mas a imprensa foi impedida de acompanhar a atividade. Quando a entrada foi permitida, os jogadores já praticavam cobranças de pênalti. Edilson, Arthur, Luan, Fernandinho, Everton e Lucas Barrios eram os batedores.

São duas as dúvidas no Grêmio. No setor defensivo do meio de campo, o antigo titular Michel disputa a vaga com Jaílson, que o substituiu durante sua lesão e foi bem. Já no ataque, Everton tem entrado bem e pode conquistar o lugar de Fernandinho, que não é unanimidade entre a torcida.

«Eu monto minha equipe em cima dos jogadores que eu tenho, de suas qualidades. A gente sempre fez isso, desde que cheguei aqui E sempre digo para eles: todo jogador vai ter sua oportunidade, então, aproveitem. Dependendo do que fizer no treino e nas partidas, vai começar a partida ou não. Tem jogadores que poderiam começar tranquilamente o jogo de amanhã, mas só podem 11. Então, vou pela minha cabeça», disse Renato.

O Grêmio luta por seu terceiro título na Libertadores – os outros foram em 1983 e 1995 – e Renato tenta conter a ansiedade de seus jogadores. «É passar muita tranquilidade e muita confiança para meu grupo, não tem o que mudar. Tento lembrar tudo que fizemos ao longo do ano. A ansiedade é normal, mas já pensei nisso. Temos um pouco mais de 24 horas para aguardar a hora chegar, mas o mais importante é que meu grupo está preparado.»

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