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Temporada sem brasileiros vai servir de ‘presta atenção’, diz Barrichello

Rubens Barrichello Tercio David/Metro Jornal

Para Rubens Barrichello, a saída de Felipe Massa da Fórmula 1 serve de alerta para o automobilismo brasileiro. O piloto da Williams anunciou que vai abandonar a categoria no fim do ano e que disputa neste domingo, em Interlagos, São Paulo, seu último GP do Brasil.

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«Vai servir como um presta atenção para todos nós o fato de não ter um brasileiro no ano que vem. Vamos ver de onde vamos tirar as forças para reverter isto», disse Barrichello.

Com a saída de Massa, o Brasil iniciará 2019 sem um piloto do país na categoria pela primeira vez desde 1970. Naquele ano, Emerson Fittipaldi estrearia no Mundial apenas na sétima etapa, no GP da Grã-Bretanha.

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De volta ao lar

Fora da Fórmula 1 desde 2011, Barrichello é o recordista de participações em Grandes Prêmios, com 323 largadas em 19 anos de categoria. Apesar de estar tanto tempo longe do «circo», o brasileiro diz que ainda se sente em casa cada vez que vem ao GP do Brasil.

«Cheguei aqui e bateu aquela sensação boa. Morei muitos anos na região e quando vou chegando perto do autódromo começo a lembrar de tudo o que vivi. Entro no autódromo e lembro das histórias e dos 19 anos que estive na Fórmula 1», comentou.

«Me sinto como se continuasse piloto de Fórmula 1. Sinto que as portas estão abertas. Vou na Toro Rosso e encontro gente que trabalhou comigo na equipe Stewart, por exemplo. Onde vou tem gente que me conhece por aqui. Me sinto em casa», continuou Barrichello.

«O público parece que ainda não se acostumou comigo na Stock Car. Ainda me tratam como piloto de Fórmula 1», completou o duas vezes vice-campeão da Fórmula 1.

Violência não é só aqui

Sobre os recentes casos de violência que aconteceram durante o GP do Brasil – o assalto a integrantes da Mercedes e a tentativa de roubo a membros da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e da equipe Sauber – Barrichello minimizou.

«Algo que acontece em todos os lugares, não é só aqui. Dos pilotos com quem converso, a maior preocupação deles, quando veem aqui, é com o trânsito. Não com a segurança. Aliás, todos eles adoram vir para cá por que acham a pista interessante, o ambiente legal e os restaurantes bons», falou. «Sobre as situações em si, prefir não comentar sobre algo que não presenciei. Mas ás vezes as coisas não aconteceram exatamente como chega para a gente», disse.

Privatização

Sobre a privatização de Interlagos, Barrichello disse que gostaria que Interlagos continuasse sendo uma pista de corridas. «Gosto do que o [prefeito] João Doria está fazendo na cidade. Só espero que a autódromo continue sendo um autódromo. Se mexer nisso, aí vou deixar de gostar.»

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