Esporte

Épica final de Wimbledon entre o frio Borg e o temperamental McEnroe chega à telona

John McEnroe e Björn Borg Getty Images

O ano de 1980 entrou para a história do tênis. Foi quando, pela primeira vez, duas lendas do esporte se enfrentaram, justamente na final de Wimbledon. A épica partida do Grand Slam é relatada no longa “Borg vs. McEnroe”, do diretor dinamarquês Janus Metz, que chega neste 9 de novembro aos cinemas.

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Não se trata de “A Guerra dos Tronos” e de Starks e Lannisters, mas os dois tenistas eram conhecidos como o gelo e o fogo. Antes de Federer, Nadal ou Djokovic, havia Björn Borg e John McEnroe. O sueco, frio e calculista, tinha se tornado a primeira grande estrela do tênis mundial. Não à toa, tinha o apelido de “IceBorg”. Já o americano era o prodígio, estressado e desbocado até demais para um público que estava habituado à etiqueta do “jogo de cavalheiros”. Dê uma pesquisada no YouTube e veja os famosos chiliques do “Big Mac”, que discutia com juiz, plateia, adversários…

Borg vinha de quatro títulos consecutivos em Londres. McEnroe chegava à sua primeira final. Numa das partidas mais épicas da história, o sueco, número 1 do mundo, levou a melhor depois de vencer por 3 sets a 2. McEnroe bateria Borg no US Open do mesmo ano e do ano seguinte, quando também tirou do rival o título de Wimbledon.

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O filme também explora bem as personalidades dos atletas – que se tornaram grandes amigos depois. Enquanto o então renomado campeão aprende a controlar suas emoções, um “iceberg por fora, mas um vulcão por dentro”, o novato era dono de um estilo agressivo de jogo e pura emoção.

A rivalidade, no entanto, durou pouco, já que Borg surpreendeu o mundo ao anunciar sua aposentadoria aos 26 anos em janeiro de 1983 – ele ainda ensaiou retornos ao esporte, sem sucesso. O momento em que sentiu pela primeira vez a fragilidade na carreira, contou o sueco ao “The Guardian” em 2007, foi na vitória sobre McEnroe de 1980. “Quando perdi, o que me chocou foi que nem sequer estava chateado”, revelou.

Já McEnroe ficou nas quadras até 1994, quanto tinha 35 anos: “Borg e eu elevamos o nível do tênis.” 

Bem feito, mas superficial

Para quem é apaixonado por esporte, filmes que retratam momentos marcantes empolgam. Este é o caso do filme sueco “Borg vs. McEnroe”. Não se trata de nenhuma situação desconhecida, uma vez que o filme revive a final histórica de Wimbledon, em 1980.

Foi o último dos cinco títulos consecutivos conquistados em Londres pelo grande ícone do tênis, o meticuloso sueco Björn Borg, e a primeira final do seu rival, o temperamental John McEnroe. Desenvolve os personagens, desde a infância até o grande jogo, em seus conflitos emocionais, o medo e o respeito mútuos e o início de uma amizade. O filme do diretor dinamarquês Janus Metz é bem feito, gerência o enredo e seu ritmo com jogos de câmera inusitados.

Mas, apesar de bem produzido, há um pecado: além do torneio de Wimbledon em si, não há muito mais mostrado na película, o que torna o filme um pouco repetitivo e não consegue aprofundar muito em uma história há conhecida.

 

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