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Bob Burnquist briga pela aceitação do skate como esporte olímpico

Um dos maiores nomes da história do skate, Bob Burnquist foi eleito no último fim de semana presidente da Confederação Brasileira da modalidade, a CBSK. E ele chega com o desafio de tentar resolver o impasse que surgiu com a entrada do skate nos Jogos Olímpicos, a partir de Tóquio-2020.

O problema começou quando o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) reconheceu a Confederação Brasileira de Hockey e Patins (CBHP) como responsável por organizar o processo olímpico do skate, e não a CBSK, porque a confederação dos skatistas não seria associada a uma entidade internacional filiada ao Comitê Olímpico Internacional.

Em entrevista à Rádio Bandnews FM, Bob Burnquist mostra otimismo e confia que esse problema será resolvido antes do que se imagina para que “os skatistas cuidem do skate”. Ele também terá a ajuda de outro ídolo da modalidade: Sandro Dias é o novo diretor de esportes da CBSK.

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Como fazer para resolver esse impasse?

A Confederação Brasileira de Skate existe há 18 anos, cuidando da modalidade e dos eventos. Então existe alguma coisa aí que a gente precisa só alinhar. Conversar com o COB. Me parece uma questão burocrátrica. O negócio é fazer pelo skate. Estou aqui para isso e bastante otimista na resolução.

Existe a chance de o Brasil não ter representantes da modalidade na Olimpíada?

Queremos que os nossos skatistas representem o Brasil em Tóquio mas, para isso acontecer, os atletas precisam querer. Mas eles não vão querer se não for pelas mãos da CBSK. Os skatistas cuidam do skate. E se continuar dessa maneira, perderemos a chance de ganhar medalhas por conta de uma irresponsabilidade. O skate é o segundo esporte mais praticado no Brasil, só atrás do futebol.

Qual a importância de levar Sandro Dias para a diretoria?

Nessas negociações e conversas com o COB e os órgãos internacionais vale muito a pena ter essa força com a gente. Ter mais um nome de peso.

E para o skate qual é a importância da Olimpíada?

Isso vai ser resolvido, mas o skate tem uma coisa única, tem essa identidade independente de qualquer competição. É um estilo de vida, uma forma de expressão. É arte. O skate existe independente dos Jogos, embora a gente entenda a importância de estar lá e representar o nosso país.

Além disso, quais são as outras preocupações da sua gestão?

A Confederação tem para agora essa questão olímpica para ser resolvida, mas a gente tem muita coisa legal acontecendo, com campeonatos, ligas, construção de novas pistas. Tanto profissional como amador.

E você, segue competindo?

Claro que agora fico na presidência, com mandato de um ano e meio, mas vou continuar fazendo o que eu gosto, que é andar de skate e entrar nas competições.

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