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Bravo pega três penalidades e Chile elimina Portugal da Copa das Confederações

Claudio Bravo defendeu três cobranças e garantiu a Seleção Chilena na final da Copa das Confederações. Após empate sem gols no tempo normal e na prorrogação, o Chile eliminou Portugal por 3 a 0, nos pênaltis, nesta quarta-feira, em Cazã, na Rússia. O adversário sairá do jogo entre Alemanha e México, nesta quinta-feira, em Sochi.

Quaresma, João Moutinho e Nani tiveram suas cobranças defendidas por Bravo. Vidal, Aranguiz e Sánchez marcaram para os chilenos.

Portugal foi valente durante o jogo. Enquanto a torcida chilena, mais de 12 mil no país-sede, fazia festa nas numeradas da arena Cazã, a seleção portuguesa tratou de jogar bola. Nos primeiros 45 minutos, o time comandado por Cristiano Ronaldo foi mais efetivo, esteve mais tempo no campo do adversário e teve as mais claras chances de gol. Portugal foi mais encorpado. O Chile jogou por uma bola enfiada entre a linha de marcadores do rival europeu. Ora para Alexis Sanchez, ora para Vargas.

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O técnico Juan Antonio Pizzi cumpriu sua promessa de não fazer marcação individual em Cristiano Ronaldo. Foi seu maior erro. O atacante do Real Madrid ganhava todas as bolas, fazia passes para seus companheiros, como o que cruzou a área da esquerda para a direita até encontrar André Silva aos 7 minutos. O português parou na defesa de Bravo. Minutos antes, Vargas recebeu de Sánchez na primeira jogada ofensiva que deu certo para o Chile. Não fosse também a saída providencial de Rui Patrício, a festa dos chilenos teria aumentado desde o começo.

A partir daí, Portugal e Cristiano Ronaldo tomaram conta da partida. Pressionaram mais, tiveram as melhores oportunidades e não deram tréguas à defesa do time sul-americano. Não demorou para Pizzi corrigir seu erro e deixar ao menos uma sobra na marcação de Ronaldo. Fernando Santos fez com que o garoto André Silva combinasse bem com o astro, feito a dupla que o atacante faz com Benzema no Real Madrid. Eles foram perigosos. O Chile jogou melhor do que foi contra a Austrália (1 a 1), mas esteve longe de mostrar o poder ofensivo que o levou para a Copa das Confederações.

Foi mais perigoso no segundo tempo, arriscando mais e saindo com mais vontade para o ataque. Jogou melhor. Portugal deu espaço sem, em nenhum momento, desistir da batalha. Qualquer erro poderia ser fatal. E tanto Chile quanto Portugal não deram bobeira. Foi um jogo bem disputado, de muita marcação, entrega e movimentação. Faltou talento, drible, jogadas individuais. Cristiano Ronaldo tentou, mas esteve mais para o time do que para ele próprio. Os goleiros tiveram boas atuações quando acionados. Rui Patrício defendeu voleio de Sánchez aos 12. Na sequência, Ronaldo obrigou Bravo a fazer o mesmo em chute forte

Em alguns momentos, o jogo ficou mais rápido e franco. Mas só em alguns momentos. As defesas se sobressaíram diante dos atacantes A torcida chilena, que começou barulhenta, diminuiu o ritmo, certamente entendendo a dureza do jogo. O empate sem gols abriu a prorrogação pela primeira vez nesta Copa das Confederações.

PRORROGAÇÃO – O Chile deu a bola para Portugal nos dois tempos. Preferiu atacar somente quando tinha chances. E teve duas. No fim do segundo tempo da prorrogação, duas bolas na trave em sequência. A primeira num tiro de Arturo Vidal, que se entregou de corpo e alma à decisão. No rebote, Martín Rodríguez acertou o travessão. Seria um castigo para os portugueses se a bola tivesse entrado, mas um prêmio para a equipe chilena por sua persistência. A vaga para a final sairia nos pênaltis. E das mãos de Bravo.

FICHA TÉCNICA:

PORTUGAL 0 (0) X (3) 0 CHILE

PORTUGAL – Rui Patrício; Cédric, Bruno Alves, José Fonte e Eliseu; William Carvalho, Adrien Silva (João Moutinho), André Gomes (Gelson Martins) e Bernardo Silva (Quaresma); Cristiano Ronaldo e André Silva (Nani). Técnico: Fernando Santos.

CHILE – Claudio Bravo; Mauricio Isla (Fuenzalida), Gary Medel, Gonzalo Jara e Beausejour; Marcelo Díaz, Aránguiz, Pablo Hernández (Francisco Silva) e Arturo Vidal; Eduardo Vargas (Martín Rodríguez) e Alexis Sánchez. Técnico: Juan Antonio Pizzi

ÁRBITRO – Alireza Faghani (Fifa/Irã).

CARTÕES AMARELOS – William Carvalho, André Silva, Cédric, Bruno Alves, José Fonte (Portugal); Gonzalo Jara, Pablo Hernández (Chile).

RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.

LOCAL – Arena Kazan, em Kazan (Rússia).

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