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Árbitro de vídeo na Copa das Confederações frustra, mas é aceito por narradores

Árbitro de vídeo foi testado na Copa das Confederações Kai Pfaffenbach/Reuters

A Copa das Confederações apresentou uma novidade a todos: o árbitro de vídeo. Mas essa mudança tem pego muitos de surpresa, principalmente os narradores. A cada transmissão, Téo José e Oliveira Andrade, da Band, precisam se desdobrar para não serem surpreendidos a cada intervenção externa.

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«O narrador vai precisar encontrar uma maneira diferente de narrar. Eu mesmo fui pego de surpresa nessa Copa das Confederações em duas oportunidades. Isso dificulta», disse Téo.

Em mais de uma oportunidade, o árbitro principal do jogo consulta o árbitro de vídeo para esclarecer algum lance duvidoso. «Fico imaginando numa partida de final de Copa do Mundo. É complicado e chato, mas se é para ser justo, vamos tocar para frente. O importante, não só no futebol, é ter justiça», complementou o narrador.

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Oliveira Andrade segue a linha do seu companheiro e cita até um exemplo que viveu na competição. «É frustrante! No gol do Vargas, por exemplo, eu narrei o gol com entusiasmo e, de repente, ele já estava olhando para o bandeira e colocando a mão na cabeça, o que indicava que o gol seria anulado. Aí parei. Me senti frustrado e depois o gol foi confirmado», afirmou. «Vamos ter que se acostumar com isso», complementou.

O gol de Vargas, citado por Oliveira Andrade, aconteceu na segunda etapa da vitória sobre Camarões por 2 a 0, pela primeira rodada da competição. Na mesma partida, a tecnologia anulou um tento do jogador

Um ponto que Andrade chamou atenção é o fato de a partida perder a velocidade e ficar mais lenta com a demora em tomar uma decisão. «Acho que quebra um pouco o ritmo da partida. No vôlei, por exemplo, você percebe que dá uma esfriada. No futebol não será diferente. Em algumas situações se faz necessário, mas a minha preocupação é pelo fato de esfriar o jogo e quebrar o ritmo».

Aprovado

Apesar das dificuldades, a dupla de narradores da Band concorda que o árbitro de vídeo precisa fazer parte da Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

«Aprovo, sim. Em alguns casos está demorando um pouco, mas está na hora do futebol ter ajuda externa. Tem lances complicadíssimos. É uma forma de deixar o futebol mais limpo e justo. Tem o meu total apoio», declarou Téo José.

«Eu acho que tem que entrar na Copa do Mundo, mas só em lances capitais. Na questão de a bola entrar ou não, mão na bola, lances de violência. Vamos torcer para a Fifa manter, mas que faça adequações», concluiu Oliveira Andrade.

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