Rio 2016

Comitê faz mudanças em ingressos das Paralimpíadas para atrair público

 Com preços mais baratos que os da Olimpíada, o que já vem atraindo uma corrida por ingressos da Paralimpíada – com direito a recorde de 145 mil tíquetes vendidos em um só dia –, o Comitê Organizador Rio 2016 resolveu facilitar mais. Com o objetivo de “tornar os Jogos ainda mais acessíveis”, o Comitê Organizador Rio 2016 implementou mudanças em algumas modalidades, inclusive com diminuição dos valores. É o caso do atletismo e da bocha, que passam a ter apenas uma categoria de preço. Para quem já comprou ingresso com valor superior, o reembolso será feito logo após o fim da Paralimpíada. Além disso, as arenas que receberão essas competições deixam de ter lugares marcados. Os espectadores poderão  escolher onde sentar, desde que respeitem o bloco indicado no ingresso. A fila e o número do assento não se aplicam mais. O mesmo passa a valer para as disputas de judô, ciclismo de pista, goalball e tênis em cadeira de rodas (quadra central). Nas arenas do basquete e rúgbi em cadeiras de rodas, também não haverá mais lugares marcados, mas o espectador terá de respeitar a categoria de preço indicada no tíquete.   Jogos mais enxutos Se na Olimpíada as competições se espalharam por diversos pontos da cidade e utilizaram 32 instalações para suas disputas, a Paralimpíada será mais enxuta. Com problemas no repasse de verbas públicas, a competição passou por mudanças de última hora e terá 11 estruturas a menos, concentradas no Engenhão e na região da Barra da Tijuca, que receberá disputas de 14 esportes como basquete, rúgbi e bocha. A zona sul e Deodoro serão palcos de provas, porém, com um volume menor. Inicialmente, a prefeitura e o Governo Federal iriam injetar cerca de R$ 250 milhões a mais para a realização dos Jogos. Mas, por se tratar de um ano de eleições, a Justiça Eleitoral do Rio impediu o repasse de recursos públicos. O entrave, no entanto, foi solucionado dias depois, mas causou efeitos colaterais. O principal deles foi no Parque Olímpico de Deodoro, que terá estruturas desmontadas, como as arenas de Hóquei e a da Juventude. No local serão disputadas apenas  as provas de hipismo, futebol de 7 e tiro esportivo, mas de maneira independente. O atraso nas verbas também fez com que as provas de esgrima fossem realocadas para a Arena Carioca 3, na Barra, e aumentou o risco de que pelo menos 60 delegações, que receberiam uma ajuda de custo, não venham ao Brasil. Procurado, o Comitê Rio 2016 não atendeu as ligações.  Futuro das arenas após os Jogos está definido Palcos de grandes emoções na Olimpíada, 11 instalações que não serão reaproveitadas na Paralimpíada  terão destinos diferentes após o encerramento da Rio 2016. Estruturas temporárias montadas durante os Jogos, a Arena de Vôlei de Praia, em Copacabana; a Arena da Juventude e o Centro de Mountain Bike, em Deodoro, serão desmontados. O Maracanãzinho, o Centro Aquático Maria Lenk e o Pavilhão 4 do Riocentro continuarão em pleno funcionamento. O Campo Olímpico de Golfe, o Estádio de Canoagem Slalom e o Centro Olímpico de BMX serão transformados em área de lazer. Já os centros Aquático e Olímpico de Hóquei, ambos em Deodoro, serão integrados ao futuro Centro de Treinamento Olímpico, que funcionará no local.  Porta-bandeira será escolhido por votação O porta-bandeira do Brasil na festa de abertura da Paralimpíada do Rio será escolhido por votação. Até domingo, os 287 atletas da delegação que vão disputar os Jogos, entre os dias 7 e 18 de setembro, é que terão essa tarefa de eleger um representante entre 19 candidatos, de seis modalidades. Só estão na disputa brasileiros com pelo menos uma medalha de ouro paralímpica e que não tenham competição no dia seguinte à festa, no Maracanã. Assim, três campeões estão fora: Teresinha Guilhermina e Alan Fonteles, ambos do atletismo, que têm provas no dia 8, e Daniel Dias. O nadador conquistou seis ouros nos Jogos de Londres-2012, quando foi porta-bandeira por ter conquistado, quatro anos antes, outros 4 ouros, 4 pratas e um bronze na Paralimpíada de Pequim. 

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