Rio 2016

Jogos terminam sem terrorismo, mas com balas perdidas e mentiras

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Antes do início dos Jogos Rio 2016, o medo de que o terrorismo estragasse o evento esteve nas manchetes dos principais jornais do mundo, ainda mais pelos constantes ataques na França. Tudo, no entanto, foi mais “neura” do que realidade. Com o encerramento da disputa, neste domingo, no Maracanã, a Olimpíada termina sem ter nenhuma ameaça real.

É verdade que alguns alertas de bomba foram registrados. Nenhum, no entanto, foi confirmado. No caso que mais chamou a atenção, em 11 de agosto, o público foi impedido de entrar na Arena Carioca 1, na Barra da Tijuca, no jogo entre Nigéria e Espanha, no basquete, para que uma mochila suspeita fosse detonada. Dentro, havia roupas e um tablet.

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Para que os torcedores entrassem nas arenas olímpicas, um rigoroso esquema de revista foi montado. Isso atrasou a entrada de muitos expectadores, que perderam alguns eventos esportivos, principalmente nos primeiros dias no Parque Olímpico da Barra da Tijuca. O mesmo rigor também foi aplicado para jornalistas e atletas.

Dias antes das primeiras disputas no Rio, as autoridades chegaram a divulgar cartazes com orientações para o público sobre “identificar terroristas”. O medo era de que um evento desse porte fosse utilizado em um ataque “independente”, onde o terrorista atua por conta própria para causar o maior número possível de vítimas – como foi o caso do atropelamento em massa com o caminhão em Nice, na França, em julho.

Também em julho, a Polícia Federal prendeu um grupo simpatizante ao Estado Islâmico. Eles ficaram detidos provisoriamente por 30 dias e depois por mais 30 para maiores averiguações. Segundo informações da PF, os 12 brasileiros presos fizeram um juramento ao EI e um deles chegou a encomendar a compra de um fuzil AK-47.

Terror da bala perdida

O medo que esteve presente nos Jogos foi o da violência. Alguns atletas estrangeiros relataram roubos e furtos ao caminharem por bairros considerados nobres, como Copacabana e Ipanema. Apesar do reforço do policiamento, impedir que turistas fossem vítimas foi praticamente impossível.

No mais grave caso, em 9 de agosto, um ônibus com jornalistas estrangeiros e brasileiros foi atingido na região de Curicica, em Jacarepaguá, quando fazia o trajeto de Deodoro para o Parque Olímpico da Barra. Quem estava dentro do veículo garante que as janelas forma estilhaçadas por tiros. A polícia, no entanto, afirmou que foram pedras.

No Centro Olímpico de Hipismo, em Deodoro, pelo menos duas balas perdidas teriam sido encontradas. Uma delas no local onde os cavalos ficavam para a disputa das provas. Segundo informou o Ministério da Defesa, o primeiro projétil teria sido disparado na tentativa de acertar um dirigível que filmava as disputas olímpicas.

Terror da mentira

Um fato curioso chamou atenção da mídia de todo mundo no final dos Jogos. Quatro nadadores norte-americanos (Ryan Lochte, James Feigen, Jack Conger e Gunnar Bentz) afirmaram que foram roubados ao retornarem de uma festa. Contudo, tudo não passou de uma mentira. Na realidade, eles destruíram um banheiro em um posto de gasolina e foram rendidos pelo segurança.

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