O presidente da Fifa, Joseph Blatter, reiterou que a sede da Rússia para a Copa do Mundo de 2018 não está em discussão.
«Nós não estamos colocando dúvidas sobre a Copa do Mundo na Rússia», disse ele num evento perto de Kitzbuehel, na Áustria, de acordo com a agência de notícias DPA.
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«Estamos em uma situação em que temos manifestado a nossa confiança para os organizadores das Copas do Mundo de 2018 e 2022», acrescentou. «(Um boicote) nunca alcançou nada.»
Houve apelos de políticos para que o torneio fosse levado para outro lugar por causa do papel da Rússia na crise da Ucrânia e da ocupação da Crimeia.
Questionado na semana passada se havia algum risco de que a Rússia poderia perder o direito de realizar o torneio devido à complicada situação política, o presidente Vladimir Putin disse: «Eu espero que não. A Fifa já disse que futebol e esporte não têm ligação com política e acho que essa é a abordagem correta.»
A Rússia vai sediar a Copa do Mundo de 2018 em 12 estádios em 11 cidades, incluindo dois em Moscou.
A Copa do Mundo de 2022 será disputada no Catar, que também tem sido criticado por causa dos supostos maus-tratos a trabalhadores migrantes na indústria da construção.
O comitê de ética da Fifa está investigando o processo de votação que levou à concessão dos torneios aos dois países, em dezembro de 2010.
UE evoca um boicote à Copa da Rússia
Um boicote europeu à Copa do Mundo na Rússia, em 2018, foi mencionado em um documento de trabalho sobre as sanções contra Moscou em função da crise na Ucrânia, informou nesta quarta-feira uma fonte europeia.
A ideia figura em um documento de trabalho discutido pelos Estados membros da União Europeia.
«Mas seria uma possibilidade para mais tarde, não para agora», acrescentou a fonte.
Segundo o Financial Times, o documento fala de «uma ação coordenada dentro do G7, além de recomendar a suspensão da participação da Rússia em grandes eventos, culturais, econômicos ou esportivos (corridas de Fórmula 1, competições de futebol da Uefa, Copa de 2018, entre outros eventos)».
A Comissão Europeia deve apresentar as propostas aos Estados para reforçar as sanções contra a Rússia, acusada de ter enviado tropas para combater ao lado de separatistas pró-russos em território ucraniano.