O cérebro do bicampeão mundial Bellini, morto na última quinta-feira após sofrer do Mal de Alzheimer durante 18 anos, foi doado para pesquisas com relação a possíveis danos causados por impactos, como cabeçadas, durante a carreira de um esportista. O anúncio foi feito pela mulher de Bellini, Giselda, durante o velório do ex-jogador no Morumbi, estádio do São Paulo.
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“O doutor (Ricardo Nitrini, neurologista que cuidava da saúde de Bellini) me perguntou se doaríamos o cérebro do Bellini para um estudo, visto que muitos atletas – de vários esportes – que sofrem impactos no cérebro vêm apresentando algum mal. E é claro que, se é para ajudar nossos netos, bisnetos, e se for realmente constatado que esses impactos provocam danos ao cérebro, nós concordamos em doar (o órgão do ex-zagueiro)”, disse Giselda.
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De acordo com a mulher do bicampeão mundial em 1958 e 1962, o cérebro doado já foi retirado antes de o corpo de Bellini ser encaminhado para o Morumbi.
Amigos e familiares se despedem de Bellini
Giselda, mulher de Bellini, fala à imprensa durante o velório do ex-jogador / Marcelo D’Sants/Frame/Folhapress
No velório realizado no salão nobre do Morumbi, amigos e familiares de Bellini puderam se despedir do primeiro brasileiro a erguer uma taça de campeão do mundo, em 1958. Entre os presentes estiveram o ex-companheiro de time Dino Sani, o senador Eduardo Suplicy, a vice-prefeita de São Paulo Nádia Campeão e o presidente do São Paulo Futebol Clube, Juvenal, Juvêncio, que falou sobre a perda.
“Eu comentava ainda ontem que o Bellini foi um grande atleta, foi um exemplo de dedicação, seriedade, aplicação. Era um competidor que queria sempre vencer e levava isso com muita sobriedade e seriedade. Era uma figura ímpar”, disse Juvenal Juvêncio. “Ele retrata a figura do grande capitão”, completou o dirigente.
Bellini Junior, filho do ex-jogador, falou sobre o velório do pai ser realizado nas dependências do São Paulo. “Meu pai passou parte da vida dele no São Paulo, na fase de construção do Morumbi”, explicou.