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Fórmula 1 vê a maior revolução de sua história

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Quando for dada para o GP da Austrália, neste domingo às 3 horas da manhã, pelo horário de Brasília, a Fórmula 1 dará sua maior guinada tecnológica de todos os tempos. Pela primeira vez, desde que os carros disputaram o primeiro Grande Prêmio, na Inglaterra, em junho de 1950, os carros serão híbridos – com 161 cavalos de potência extra gerados por baterias. Tchau para os motores V8, que equiparam os carros até o ano passado. A partir de agora as máquinas, a partir de agora, terão unidades de potência formadas por motores com 6 cilindros, turbocompressor e sistemas de recuperação de energia.

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Aprender a lidar com eles, já daria um bocado de trabalho aos pilotos. Mas, haverá ainda mais dificuldades para eles: os carros rodarão com um terço a menos de gasolina nos tanques e haverá limitação de truques aerodinâmicos (como os difusores duplos), que faziam as máquinas grudarem mais nas pistas. “Será interessante ver quantos carros conseguirão chegar até o final no GP da Austrália”, disse o presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, aos jornalistas durante o Salão do Automóvel de Genebra. “Há muitas novidades e o tempo para testá-las foi muito curto”.

Sobe e desce no grid

A impressão deixada pelos doze testes de pré-temporada e que carros equipados com motores fornecidos pela Mercedes-Benz se adaptaram melhor aos novos tempos. Em nove treinos, escuderias como a Mercedes, McLaren, Force India e Williams, que andam com o propulsor alemão, conseguiram dar rodar mais do que os rivais – e, de quebra, quase sempre estabeleceram os melhores tempos.

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Por enquanto, a mudança no regulamento foi um mau negócio para as escuderias que correm com motores da Renault (entre elas a Red Bull, do tetracampeão mundial, o alemão Sebastian Vettel). Durante os doze dias de testes, o RB10, modelo da equipe de Vettel para este ano, ficou mais tempo nos boxes do que na pista, consertando defeitos do que na pista. “Quando avaliamos as novas unidades de potência em laboratório, estava tudo OK, mas na pista descobrimos que havia muitos problemas a resolver”, disse ao Metro Jornal o francês Rémi Taffin, diretor de pista da Renault Sport.

As dificuldades atingem também Toro Rosso, Lotus e Caterham, todas equipes que correm com o motor francês, que conseguiram completar muito menos voltas do que gostariam na pré-temporada. “Se nossos carros receberem a bandeirada do GP da Austrália, já estaremos no lucro”, disse em Melbourne, o engenheiro inglês Nick Chester, diretor técnico da Lotus, que por sinal ganhou o GP do ano passado, com Kimi Raikkonen. Atualmente, em melhor situação do que o time inglês está a Ferrari, do espanhol Fernando Alonso e do finlandês Kimi Raikkonen, que foi consistente na quantidade de voltas, mas entre 1 e 2 segundos mais lentas do que as equipes que correm de Mercedes. Fecham o grid as duas escuderias que correm com unidades de potência fornecidas pelos italianos, como a Sauber e a Marussia, que devrão fazer papel de coadjuvantes. O consenso geral é que terminar o GP da Austrália já será um belo triunfo. “Será um desafio guiar com menos aderência e combustível e mais torque e potência”, disse o piloto alemão Adrian Sutil, da Sauber, já em Melbourne.

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