Esporte

Com atraso e reclamações, Arena da Amazônia inaugurada

Mais um estádio inaugurado com atraso, a Arena da Amazônia abriu as portas pela primeira vez no domingo para uma partida com público reduzido, em que torcedores reclamaram de problemas e autoridades reconheceram que ainda há falhas a serem resolvidas até a Copa do Mundo.

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O estádio em Manaus tem a forma de um cesto de palha indígena e levou quase quatro anos para ser construído no lugar do antigo Vivaldo Lima (Vivaldão), ao custo de 669,5 milhões de reais. A arena, com capacidade para 44,5 mil lugares, vai receber quatro jogos do Mundial, todos da primeira fase, com destaque para o clássico Inglaterra x Itália.

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Previsto para ser entregue em dezembro do ano passado, o estádio é o nono a ser inaugurado entre os 12 que serão utilizados na Copa do Mundo. Entre todos os palcos do Mundial, somente dois foram inaugurados dentro do prazo acertado com a Fifa, o Mineirão (Belo Horizonte) e a Arena Castelão (Fortaleza).

Nacional (AM) e Remo (PA) se enfrentaram na partida inaugural da Arena da Amazônia, válida pela Copa Verde, com 20 mil torcedores no estádio. De acordo com os responsáveis pela obra, a arena está 98 por cento pronta, e os espectadores reclamaram da má qualidade do atendimentos nos bares e de problemas de acessibilidade.

«Vim para a fila 15 minutos antes de acabar o primeiro tempo e já vai começar o segundo e não fui atendido. Não há funcionários em número suficiente, o mesmo que recebe o dinheiro e dá o troco te atende», disse Francisco Alves, técnico em eletrônica, em um dos bares do estádio, de acordo com o portal do governo federal sobre a Copa.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, compareceu à inauguração ao lado do governador do Amazonas, Omar Aziz. As autoridades reconheceram que ainda há problemas a serem resolvidos.

«Vão ter alguns problemas que a gente terá que corrigir ao longo do tempo. É como construir a nossa casa. A gente só concluiu a obra quando se muda para dentro dela e vamos fazendo os ajustes necessários», disse o governador, segundo o site do governo estadual.

Cidade-sede da Copa mais distante da região Sudeste, onde ficará concentrada a maior parte das 32 seleções, Manaus foi alvo de críticas de alguns treinadores devido à longa viagem para se chegar lá e ao clima úmido e quente.

O técnico da seleção inglesa, Roy Hodgson, declarou antes da definição dos grupos do Mundial que não gostaria de jogar na cidade, mas seu time foi sorteado justamente para fazer a partida de estreia na Arena da Amazônia.

O estádio carrega uma marca negativa. É a obra com o maior número de mortes entre as construções de estádios para o Mundial, três operários.

Com a inauguração da Arena da Amazônia, ainda restam três estádios a serem inaugurados, a três meses da Copa do Mundo, em São Paulo, Curitiba e Cuiabá.

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