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Polícia investiga possível invasão facilitada do CT do Corinthians

A Polícia Civil investiga se os invasores do centro de treinamento do Corinthians, em protesto no último dia 1, tiveram a entrada facilitada por funcionários do clube. A delegada responsável pelo caso, do Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), Margarete Barros, disse em entrevista coletiva, na tarde desta quinta-feira, que esta é uma das hipóteses levantadas pela investigação, apesar das imagens de um buraco na cerca.

Os vídeos do sistema de monitoramento interno do CT Joaquim Grava não mostram agressões ou roubo, diz Margarete, mas somente o momento da invasão, em que torcedores aparecem entrando pela parte danificada da cerca. Ainda assim, a possibilidade de alguém do Corinthians ter cooperado não está descartada.

“Há a filmagem de torcedores entrando pela cerca. Mas a hipótese de terem entrado pela porta da frente também está sendo investigada”, disse a delegada. Ela revelou que um dos três presos nesta quinta-feira disse ter entrado “tranquilamente”.

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Funcionários e o consultor médico do clube, Joaquim Grava – que dá nome ao CT e foi ferido na invasão – foram ouvidos. A investigação continua e o atacante Guerrero, que segundo relatos foi esganado por um torcedor, também dará depoimento.

A polícia estranha a falta de parte das imagens e investiga o que está por trás do sumiço de alguns trechos dos vídeos. Mais cedo, a diretora do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), Elisabete Sato, em balanço parcial da operação, comentou o problema, que dificultava a identificação dos invasores.

“As imagens estão vindo picadas. Houve um problema de gravação e estamos pegando o que algumas emissoras divulgaram e imagens congeladas que foram trazidas na petição do presidente do Corinthians (Mário Gobbi)”, disse Elisabete.

A “Operação Hooligans” foi iniciada na madrugada desta quinta-feira, com 11 mandados de prisão e apreensão. Até o final desta tarde, a polícia havia prendido dois torcedores identificados na invasão, do total de 13 detidos. Um destes foi levado por porte ilegal de arma. Outros três com mandados de prisão estão foragidos.

A polícia apreendeu dinheiro (inclusive dólares), cheques, anotações e equipamentos nas sedes das organizadas investigadas: Gaviões da Fiel, Pavilhão 9 e Camisa 12.

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