Esporte

Lais Souza teve ‘pequeno progresso’, afirma médico

Lais se machucou enquanto treinava nos Estados Unidos | Divulgação

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O quadro da atleta Lais Souza melhorou nesta quarta-feira. Após ser submetida a cirurgia para realinhar a coluna vertebral – ela deslocou a 3ª vértebra em acidente sofrido na madrugada de terça-feira (horário de Brasília) em Salt Lake City, nos EUA –, a ex-ginasta conseguiu mover os ombros. Ela, porém, continua respirando com o auxílio de aparelhos e não mexe pernas e braços.

“Lais esta acordada, interagindo com todos ao seu redor e mentalmente muito forte para enfrentar a longa recuperação que terá pela frente”, afirmou, em comunicado, o médico do Comitê Olímpico Brasileiro, Antonio Marttos Júnior.

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“Hoje [ontem] ela apresentou um pequeno progresso do quadro neurológico e conseguiu mexer e sustentar os ombros, o que não acontecia ontem (anteontem)”, afirmou.

A ex-ginasta de 25 anos deve ser submetida hoje a duas outras cirurgias: uma traqueostomia (para facilitar a respiração) e uma gastrostomia (procedimento para fixação de sonda alimentar).

“Estes procedimentos são simples e representam os passos iniciais em seu processo de recuperação”, disse Marttos Júnior.

 

Quase em Sochi

Fora da ginástica artística desde 2012, Lais começou a trajetória no esqui aéreo no ano passado. Ela foi convidada pela CBDN (Confederação Brasileira de Desportos na Neve) para conhecer a modalidade. E, com pouco mais de seis meses, quase chegou aos Jogos Olímpicos de Inverno, em Sochi, na Rússia.

Josi Santos, também ex-ginasta e companheira de Lais no esqui aéreo, conseguiu garantir sua vaga.

 

‘Esporte é a vida dela’

Caso se recupere sem sequelas do acidente, Lais Souza terá o apoio da família para continuar no esqui. Essa é a posição do pai da atleta, Antonio Luiz de Souza.

“Vou aconselhar ela a continuar. Em vez de treinar cinco horas por dia, treinar dez. É a vida dela. Se ela escolher isso, quem somos nós para ir contra?”, disse ele ao Metro Jornal. “Desde os 12 anos de idade que ela tem a vida própria, toma as suas decisões. O negócio é encorajar e apelar para que não faça algo fora do normal”, completou.

Projetista mecânico, Souza, 56, contou sobre a relação da família com o esporte de neve – Lais deixou a ginástica artística em 2012, e, desde o ano passado, se dedica ao esqui aéreo.

“Todo dia era uma oração para não acontecer nada com ela. E teve um dia que nem a oração conseguiu segurar. Eu tomei um susto quando ela falou, todo mundo ficou apreensivo, mas nunca deixei de dar apoio ou encorajar”, afirmou.

Nesta semana, o pai da atleta seguirá em Ribeirão Preto com a família. A mãe, Odete, viajou ontem para Salt Lake City, nos Estados Unidos, para fazer companhia para Lais.  METRO

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