Osvaldo Sestário era o advogado da Portuguesa quando STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) julgou e puniu Héverton com dois jogos de suspensão no Campeonato Brasileiro, a dois dias do fim da competição. O meia, porém, entrou em campo logo depois disso e o clube acabou punido e rebaixado à Série B deste ano. Deste então as partes trocaram algumas acusações e, na última delas, Sestário afirmou ao site do canal de TV “ESPN” que dirigentes lusitanos pediram para que ele assumisse a culpa pela utilização irregular do atleta no jogo contra o Grêmio.
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“Eles (Portuguesa) até me pediram para que eu ajudasse eles e assumisse a culpa. Me prometeram que iam me ajudar, falando da minha conduta. E eu disse que eu não poderia fazer, porque eu ia assumir um erro que eu não cometi, seria ruim para a minha carreira e também porque não ajudaria a Portuguesa”, disse Sestário ao site da “ESPN”.
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Como afirmou em outras entrevistas, Sestário garante ter avisado ao departamento jurídico da Portuguesa sobre a punição de Héverton antes do jogo contra o Grêmio – o contato se deu por telefone, com o funcionário Valdir Rocha. Naquele dia 6 de dezembro, o advogado defendia também o atacante Gilberto, cuja absolvição era tratada como prioridade pela Lusa.
O camisa 9, inclusive, foi ao Rio de Janeiro para colaborar na sua defesa junto ao STJD. “Fiz a defesa normal e durante o julgamento (do Héverton) o Valdir me ligou algumas vezes para saber do (pedido de efeito suspensivo) do Gilberto (que havia sido julgado e condenado dias antes), e eu logo já passei o resultado do Héverton”, declarou Sestário.
“Quando eu passei o resultado (do Héverton), ele (Valdir) brincou e disse: ‘o Héverton não tem problema, esse está indo embora, não joga nada, podia pegar dez ou vinte partidas’. Ele falou para eu focar em colocar o Gilberto em campo”, completou o advogado.