Esporte

STJD nega recurso e confirma Vasco na Série B

O Vasco está confirmado na Série B em 2014. O clube, após duas tentativas, conseguiu levar o pedido de impugnação do jogo contra o Atlético-PR a julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), mas, em sessão no Pleno nesta sexta-feira, o Gigante da Colina teve o recurso negado por unanimidade. Com isso, o placar do campo, de 5 a 1 para o Furacão, está mantido, o time carioca vai mesmo disputar a Segundona.

A advogada do Vasco, Luciana Lopes, defendeu que a partida não deveria sequer ter ocorrido, já que não havia policiamento na Arena Joinville para a partida ser disputada. A intenção era, provado o problema de segurança, culpar o Atlético-PR, como mandante do jogo, e, com isso, ficar com os três pontos que evitaria a queda para a Série B.

O jogo em questão foi interrompido aos 17 minutos do primeiro tempo, por causa de uma briga generalizada entre torcedores de Vasco e Atlético-PR. Após uma paralisação de 73 minutos, o árbitro autorizou o reinício, em outro ponto citado pela advogada para defender a impugnação, já que o Regulamento Geral de Competições prevê que, após 60 minutos sem bola rolando, o jogo pode ser adiado.

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“Tinha jogador chorando em campo. Todos sabiam que não havia condições. Falam até que o Vasco jogou e conseguiu o empate… Só um psicopata diria que dava para ter jogo”, disse Luciana, pedido desculpas, em seguida, por alguma excesso.

Em seguida, o procurador Paulo Schmitt alegou que, se o árbitro Ricardo Marques entendeu que era possível realizar a partida, não havia motivo para a impugnação.

“Onde está Wally?”

O advogado do Atlético-PR, Domingos Moro, em uma argumentação teatral elogiada por alguns auditores, questionou o pedido do Vasco alegando não ser possível “transformar derrota em vitória, anular a partida não adianta”. “Não há o requisito de erro de direito. Quem errou? Onde está Wally? Não há Wally”, disse, citando o personagem dos livros.

Exaltado, Moro chegou a citar o restaurante Leiteria Mineira, vizinho do STJD, ao defender que o que estava sendo julgado não era a briga entre torcedores.

Dinamite repreendido

O relator Ronaldo Botelho Piacente, ao proferir o voto contrário à impugnação, disse que o regulamento não estabelece que a partida deve ser adiada caso ultrapasse os 60 minutos de paralisação, mas que pode, ficando a cargo do juiz decidir. “O árbitro não é obrigado a adiar a partida”, disse.

Em meio à leitura do voto, o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, gesticulava negativamente com a cabeça e conversava com outras pessoas na sala. Ao perceber a movimentação, Piacente repreendeu o dirigente. “Posso continuar?”, questionou o relator.

Os demais seguiram o voto de Piacente e decretaram improcedente o pedido do Vasco pela impugnação.

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