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Willian quer marcar gol no reencontro com a Fiel

Willian comemora gol com a camisa do Cruzeiro: melhor fase da carreira | Washington Alves/VIPCOMM
Willian comemora gol com a camisa do Cruzeiro: melhor fase da carreira | Washington Alves/VIPCOMM

Willian foi campeão brasileiro e da Libertadores em 2011 pelo Corinthians. Depois foi para Ucrânia defender o Metalist. Voltou ao Brasil para jogar pelo Cruzeiro e neste domingo vai reencontrar a Fiel pela primeira vez no Pacaembu. Mas dessa vez estará jogando contra. “Espero que o reencontro seja de uma forma bem tranquila, por tudo que eu fiz pelo clube e pela minha brilhante passagem por lá”, disse em entrevista à Band.

Apesar de todo carinho e respeito, pretende comemorar gol se marcar contra o ex-time e espera que a torcida corintiana entenda. “Vou comemorar sim, por honrar a camisa do Cruzeiro, assim como eu fiz pelo Corinthians, mas de forma alguma vou desrespeitar a instituição, pois tenho muitos amigos por lá”, atesta.

O jogador até vê muitas semelhanças entre o time no qual foi campeão brasileiro em 2011 pelo Timão com o Cruzeiro atual. “É muito parecido sim, mas acho que o Cruzeiro tem jogadores mais rápidos e leves”, observa.

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Willian, no entanto, mantém a humildade sobre o título brasileiro pela equipe mineira, que caminha a passos largos para ficar com o caneco, pois abriu sete pontos de vantagem na liderança do Brasileiro. “Nosso objetivo não está distante e não é impossível. Estamos mostrando no campo que temos condições, já que estamos liderando o campeonato e vindo de oito vitórias consecutivas. Isso mostra que estamos no caminho certo. É manter a humildade e os pés no chão, sabendo que tem 16 jogos pela frente”.

O atacante considera que vive a melhor fase de sua carreira e credita parte dela ao técnico Marcelo Oliveira. “Mesmo com pouco tempo no Cruzeiro, me sinto bem confiante, não só pelos gols que venho marcando, mas pela forma que eu estou jogando”.

Confira a entrevista completa a seguir:

Como analisa a campanha do Cruzeiro até agora?

Uma campanha brilhante. Claro, que sabemos ainda que não tem ainda nada definido. Ainda são 16 jogos pela frente. Temos que encarar jogo a jogo como uma decisão, assim como fizemos contra o Botafogo na quarta-feira. Tem que manter esse feito até o final. O grupo mostrou que é unido, tem espírito vencedor, garra e qualidade.

 

Com sete pontos de vantagem para o segundo colocado, o Brasileirão não vai perder a graça?

Nosso objetivo é o titulo e vemos que isso não está nada distante e não é impossível. Estamos mostrando que temos condições, já que estamos liderando o campeonato e vindo de oito vitórias consecutivas. Isso mostra que estamos no caminho certo. Sabemos que uma hora vamos empatar, perder. Quanto mais adiarmos isso, melhor. Temos que manter o nosso foco o tempo inteiro.

 

Como evitar a euforia?

Todo mundo tem consciência que precisamos manter a humildade, pés no chão e deixar a empolgação somente para a torcida. Sabemos que o Brasileirão é muito equilibrado.

 

Você se adaptou fácil ao Cruzeiro. A que deve isso?

Pela confiança que eu recebi desde a minha chegada desde o presidente e todos, além da comissão técnica, principalmente o Marcelo Oliveira (técnico), que mesmo nunca tendo trabalhado comigo e só me enfrentando, me deixou à vontade. Além do mais o grupo de jogadores é forte, unido. Eu venho brigando pelo meu espaço e estou conseguindo ajudar. Espero manter essa pegada e continuar assim por um bom tempo.

 

Considera a melhor fase de sua carreira?

Sim é a melhor fase. Mesmo com pouco tempo no Cruzeiro, me sinto bem confiante, não só pelos gols que venho marcando, mas pela forma que eu estou jogando. O Marcelo Oliveira me deixa mais solto. Estou muito bem física e tecnicamente. A minha fase também que eu tive no Figueirense e principalmente no Corinthians, conquistando os títulos Brasileiro e da Libertadores em 2011 foram fundamentais para chegar bem aqui. Amadureci bastante e voltei ainda melhor da Ucrânia.

 

Como você espera que seja o reencontro com a Fiel?

Eu não sei. Espero que seja de uma forma bem tranquila, por tudo que eu fiz pelo clube e pela minha brilhante passagem por lá. Eu tenho um carinho muito grande e respeito por eles, que sempre me trataram muito bem. Mas independente de qualquer coisa, eu vou estar muito concentrado para o jogo. Não vou ficar preocupado com qualquer tipo de reação.

 

Se fizer gol contra o Corinthians, pretende comemorar?

Claro que sim. Vou comemorar por honrar a camisa do Cruzeiro, assim como eu fiz pelo Corinthians. Isso é muito natural, principalmente por ser um atacante, mas de forma alguma vou desrespeitar a instituição Corinthians, já que tenho um carinho muito grande pelo clube e pelo atual elenco, pois fiquei um ano e meio por lá e guardo as melhores recordações.

 

Você vê alguma semelhança entre o Corinthians campeão brasileiro de 2011 com o Cruzeiro de agora?

É muito parecido sim, mas acho que o Cruzeiro tem jogadores mais rápidos e leves. O grupo é era unido e o de agora também, e um trata o outro como família. Os times saem fortalecidos com isso.

O Corinthians vem de cinco jogos sem vencer e a pressão vai ser grande. Como o Cruzeiro pode tirar proveito?

Temos que tentar tirar proveito dessa situação, porque os jogadores devem sentir essa pressão. Temos que marcar bem, com a bola nos pés ter qualidade e com inteligência armar os contra-ataques e saber finalizar bem com tranquilidade. O negócio é fazer o nosso jogo. Tomar muito cuidado nessa hora é fundamental, porque sei muito bem da capacidade que o Corinthians tem de reverter qualquer situação e isso pode acontecer a qualquer momento. Espero que não seja contra o Cruzeiro.

Você ficou pouco tempo no Metalist. Em sua avaliação foi um erro ter deixado o Corinthians?

Não foi um erro ter tomado à decisão naquele momento. Era uma excelente oportunidade que apareceu. Fui embora no momento certo. Sai pela porta da frente. Construí uma história bonita, com títulos e também fui feliz no Metalist.

Você voltaria a vestir a camisa do Corinthians?

Porque não? Se um dia eu voltar, vai ser uma honra muito grande. O Corinthians é um clube extraordinário, que me projetou mundialmente. Mas agora tenho contrato com o Cruzeiro e estou trabalhando forte para marcar meu nome na história do clube, como fiz pelo Corinthians, e isso só acontece com títulos.

Você voltou ao Brasil de forma diferente, com bigode. Como surgiu isso?

É diferente né? Mas foi uma homenagem ao meu pai Raimundo, mais conhecido como motorzinho. Ele tem 55 anos e tem bigode. Combinei com ele quando ainda estava na Ucrânia que iria deixar a barba. Ele gostou muito. No jogo contra o Flamengo, depois que marquei o gol, fiz a comemoração pra ele, que ficou todo orgulhoso. Nada melhor do que homenagear pessoas que a gente ama. Além do mais, a minha esposa Loisy também aprovou. Inicialmente minha mãe não aprovou a ideia, achou estranho, mas depois acabou se acostumando.

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