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Justiça bloqueia saída de Vitinho e mais 14 jogadores do Botafogo

Renato Silva durante treino do Vasco | Marcelo Sadio/vasco.com.br
Renato Silva durante treino do Vasco | Marcelo Sadio/vasco.com.br

A lista de problemas do Botafogo fora de campo só aumenta. Além da penhora da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) ao dinheiro da venda de Vitinho ao CSKA Moscou, o clube agora está proibido de negociar outros atletas. Mais de dez jogadores tiveram suas transferências bloqueadas na CBF por decisão da 24ª Vara do Trabalho, em ação movida por Renato Silva. O zagueiro cobra do Alvinegro cerca de R$ 780 mil na Justiça do Trabalho, entre salários atrasados e rescisões.

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A relação seria de 15 jogadores no total, todos figurando entre os principais do elenco, incluindo Vitinho. A única exceção é Seedorf. Henrique, que está de saída para o Real Madrid B, é outro que teve a transferência bloqueada. Os demais da lista não poderão deixar o clube sem que o Bota pague o que deve a Renato Silva, que passou por General Severiano entre 2007 e 2008 e atualmente defende o Vasco. As informações são do repórter Wellington Campos, da rádio Bradesco Esportes FM Rio.

“O juiz determinou que a CBF se abstenha de proceder qualquer transferência para qualquer outra agremiação, nacional ou internacional, somente mediante o pagamento da dívida”, disse o advogado de Renato Silva, Theotonio Chermont.

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“Existe uma antecipação de tutela no valor de R$ 187 mil, que se refere a uma parte confessada, de salários em atraso e verbas rescisórias, e que nós conseguimos uma liminar. À parte, há um processo em andamento, que já tem uma execução provisória, que eu acredito que alcance o valor de R$ 600 mil. Mas esse valor é aleatório, ele ainda tem que ser aceito pelo juízo e homologado para ser considerado verídico”, disse Chermont.

O advogado diz que a CBF já foi notificada e confirma que Vitinho não poderá ser transferido até que Botafogo e o zagueiro se entendam.



Preferência

Chermont afirma que o bloqueio feito por Renato Silva foi realizado antes do pedido da PGFN. Mas o advogado garante que, mesmo que fosse posterior, a preferência é para a questão trabalhista.

“Com relação ao Vitinho, nós conseguimos o bloqueio na CBF e no Banco Central (para a penhora de parte do valor da venda) muito antes do pedido da procuradoria. Nossa determinação foi já tinha sido entregue uma semana antes. Mas, ainda que tivéssemos conseguido a determinação posteriormente, como se trata de crédito trabalhista, dentro de um concurso de credores, tem natureza alimentar e, portanto, é privilegiada e se sobrepõe a qualquer outro”, declarou.

Vitinho já viajou para a Europa, onde passa, primeiro, pela Itália, onde fará exames médicos antes de se apresentar ao CSKA. O jovem foi vendido por cerca de R$ 31 milhões, sendo que a parte do Botafogo, estimada em R$ 18 milhões, foi bloqueada pela PGFN. Com a decisão da 24ª Vara do Trabalho, o atacante pode não vestir, ainda, a camisa do novo clube.

O ex-jogador Fábio Tavares, também representado por Chermont, conseguiu a penhora de R$ 6 milhões da venda de Vitinho.

Se a preferência for mesmo dada à ação trabalhista, o Botafogo terá primeiro que pagar Renato Silva, para só depois finalizar a transferência de Vitinho. Só assim o clube receberá o que sobrar do negócio. Isso se sobrar algum dinheiro para aliviar os combalidos cofres alvinegros.

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