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Quando dividir significa somar!

leonardo-meneghetti“Este Grêmio do Renato sabe dividir a bola. Não tem moleza”, analisou o jornalista da Band e colunista do Metro, Diego Casagrande. Trata-se de uma ótima definição. O Grêmio divide a bola com os adversários e assim soma pontos na tabela. Não pratica um futebol luxuoso, brilhante. É pragmático. O treinador levou um tempo para consertar os estragos do vestiário da Era Luxemburgo, encontrou o esquema tático correto, e assim consolida o time no G-4.

Desde o Gre-Nal estava claro que o 3-5-2 é o melhor esquema para o Tricolor. Ainda falta um ajuste no time, pelo menos para este colunista. Há a evidente necessidade de ingresso de um articulador. Kleber tem recuado e cumprido esta função, reduzindo a capacidade ofensiva à frente. O ideal seria um meio-campo com Riveros, Ramiro e Zé Roberto. Os laterais permaneceriam com liberdade para o apoio. Kleber e Barcos seriam efetivamente atacantes.

Em meia dúzia de jogos Renato encontrou o sistema de jogo ideal para este time, o que Luxemburgo não conseguiu em meio ano. E, como sustenta o Diego Casagrande, este Grêmio sabe dividir a bola. Ou seja, é um time com pegada, com aplicação, com vigor. Talvez precise um tanto mais de criatividade para, por exemplo, ampliar sua capacidade ofensiva. E assim viabilizar a passagem para as quartas-de-final da Copa do Brasil. Não é o momento de tropeços. O Grêmio tem mais time e joga mais do que o Santos. A questão, esta noite, é reverter a desvantagem. Mais do que possível é viável. Especialmente com um articulador no meio.

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Água nas máquinas –
Os dirigentes do Inter se lambuzam com a capacidade de reação do time. Parece que não enxergam a peneira vazada que é este sistema defensivo que consegue proezas inacreditáveis. Levar três gols do Náutico e do Goiás, por exemplo. Ter o número de gols sofrido melhor apenas do que Vasco, Criciúma e Portuguesa também. A média do Inter é de levar 1,6 gol por partida neste Brasileiro. Ou seja, toma três gols a cada dois jogos.

O Inter tem no grupo Alex, D’Alessandro, Forlán, Damião e Scocco. Quantos times brasileiros reúnem jogadores de tanta qualidade do meio para frente? Mesmo assim há um conformismo com a oitava colocação e os medíocre 51% de aproveitamento. Dunga definiu o esquema, mas não o time. Já usou Jorge Henrique em tudo quanto é canto do gramado. Fabrício já foi reserva da lateral, titular da lateral, reserva do meio-campo, titular do meio-campo. Não há grupo que assimile tantas mudanças.

Mas os dirigentes do Inter acham tudo uma maravilha, mostram-se “orgulhosos” do time e coisa e tal. O oitavo lugar é do tamanho deles e bem diferente da grandeza do clube. O alento é que nem Dunga, nem os jogadores estão satisfeitos. E assim, ao menos eles, sabem que é preciso reagir. Ou então o Inter seguirá a sina da gestão de Giovanni Luigi: ser apenas um figurante no Campeonato Brasileiro.

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